Crítica - Scream 4 (2011)


Realizado por Wes Craven
Com Neve Campbell, Courteney Cox, David Arquette

Os filmes “Scream” não são nem nunca foram muito assustadores ou muito violentos, no entanto, isto não os torna menos interessantes que os outros slashers clássicos, porque os “Scream” têm uma coisa que os outros filmes de terror não têm: uma vertente satírica cativante e relaxante que ridiculariza com excelência um género que é constantemente maltratado pelos estúdios norte-americanos. Wes Craven voltou a incluir esta fantástica vertente neste “Scream 4”, um filme relativamente semelhante aos seus antecessores que volta a não nos oferece nenhuma cena verdadeiramente tensa ou violenta, mas que não deverá desiludir os fãs de “Scream” ou de filmes de terror mais suaves e comerciais. A sua história volta a centrar-se em Sidney Prescott (Neve Campbell), uma eterna sobrevivente que volta a Woodsboro para promover o seu primeiro livro e é nesta pequena cidade que reencontra os seus velhos aliado, Dewey e Gale, e os seus únicos familiares a viverem na cidade, Jill e Kate, no entanto, ela também encontra um novo GhostFace que está determinado a matar os sobreviventes dos últimos massacres: Sidney, Dewey e Gale.


O novo “Scream” coloca frente-a-frente a Geração do Século XX e a Geração do Século XXI de Woodsboro, um confronto titânico que é criado por um novo assassino que utiliza as tácticas dos seus antecessores para recriar o infame “Massacre de Woodsboro” que transformou Sidney Prescott numa celebridade. O novo assassino continua a ser obcecado por Sidney e por filmes de terror, mas desta vez também é obcecado pela fama, uma obsessão que o impulsiona a filmar todos os seus homicídios e que Wes Craven utiliza para satirizar o crescimento das redes sociais e das celebridades instantâneas. O cineasta volta também a satirizar os filmes de terror através de várias cenas cómicas que nos mostram a falta de criatividade dos estúdios norte-americanos ou dos seus filmes de terror e é entre essas cenas satíricas que encontramos a sua fantástica cena introdutória que é, sem dúvida, a cena mais divertida deste filme. A história de “Scream 4” é rica em clichés e é extremamente semelhante à dos outros “Scream” e resume-se, essencialmente, a uma série de cruéis assassinatos que são intercalados por uma série de pequenas pistas sobre a motivação criminosa do assassino e por uma pequena análise à estabilidade emocional e familiar de Sidney e à solidez do casamento/relação de Dewey e Gale. Os únicos elementos verdadeiramente interessantes deste filme são portanto a sua vertente satírica e a série de homicídios que antecedem a revelação da identidade do assassino (os), uma revelação/conclusão que é praticamente perfeita mas que acaba por não ser assim tão surpreendente se tivermos em conta o historial de Sidney.


O elenco de “Scream 4” não é fenomenal mas é, ainda assim, um dos seus melhores atributos. O trio maravilha dos primeiros filmes não tem uma performance memorável, mas Neve Campbell e Courteney Cox até nos oferecem uma performance muito razoável, no entanto, David Arquette passa ao lado deste filme muito por culpa da péssima construção do icónico Dewey. O “novo” elenco também tem uma performance interessante com Emma Roberts e Hayden Panettiere a terem as melhores performances mas Kristen Bell e Anna Paquin têm também um cameo interessante na cena inicial. Wes Craven voltou a criar com “Scream 4” um filme cativante que promete entreter o público com a clássica essência satírica que transformou “Scream” num sucesso comercial.


Classificação – 3,5 Estrelas Em 5

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1 Comentários

  1. Vi este filme e não achei nada de especial... fiquei com a impressão de que era mais do mesmo... Muito fraco...

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