Crítica - Source Code (2011)

Realizado por Duncan Jones
Com Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga, Jeffrey Wright

O filme de estreia de Duncan Jones, “Moon” (2009), maravilhou a crítica norte-americana que ficou fascinada com a qualidade narrativa deste excelente drama sci-fi. O seu novo filme, “Source Code”, não é tão envolvente ou tão extraordinário como “Moon” mas é, ainda assim, um excelente thriller com contornos de ficção científica que nos cativa muito facilmente com a sua alucinante narrativa. A história de “Source Code” centra-se em Colter Stevens (Jake Gyllenhaal), um soldado do exército norte-americano que acorda desorientado dentro de um comboio num corpo que não lhe pertence, no entanto, enquanto tenta perceber o que lhe está a acontecer, o comboio explode. Após a explosão, Colter acorda no seu corpo e é informado por uma mulher, Collen Goodwin (Vera Farmiga), que ele está involuntariamente envolvido numa missão secreta que evolve o “Source Code”, uma máquina que permite transferir a mente de um indivíduo para o corpo de um outro indivíduo nos seus últimos oito minutos de vida. Goodwin explica-lhe que ele tem que utilizar esses oito minutos para identificar o bombista que explodiu o comboio, impedindo assim um novo atentado, no entanto, esta sua missão não será nada fácil porque para além de ter que lidar com um astuto terrorista, ele também terá que lidar com Christina Warren (Michelle Monaghan), uma mulher que conhece no comboio e por quem se apaixona, mesmo sabendo que não a pode salvar.


O estreante Ben Ripley (Guionista) criou uma narrativa envolvente e sinuosa, que Duncan Jones soube transformar num filme cativante que felizmente se afasta do intelectualismo de “Moon”, um filme menos comercial mas muito mais racional e filosófico que este “Source Code” que, ao contrário de “Moon”, utiliza muitos elementos científicos irrealistas que obstam à realização de uma análise intelectual e realista ao Source Code, no entanto, Collen Goodwin (Vera Farmiga) e o Doutor Rutledge (Jeffrey Wright) tentam, mesmo assim, esclarecer-nos sobre o funcionamentos e as limitações deste mecanismo, um esclarecimento credível mas cientificamente inconcebível. O seu enredo pode não ser intelectual mas é extremamente tenso e misterioso, características que prendem o público à demanda de Colter Stevens que conta apenas com oito minutos para evitar que um terrorista crie um novo 11 de Setembro, demanda essa que é apoiada por uma série de histórias secundárias que enriquecem o filme e que nos permitem conhecer melhor os seus principais intervenientes. A sua conclusão é pautada por um previsível final feliz que deixa antever um novo filme centrado num universo paralelo e nas novas potencialidades do Source Code.


A intensa narrativa de “Source Code” é adornada por várias cenas de acção de luxo que incutem a este fantástico filme um ritmo ainda mais acelerado, conferindo-lhe também mais um elemento de entretenimento e interesse. O nível técnico de “Source Code” também é elevado, um atributo que é evidenciado pelos seus incríveis efeitos visuais e sonoros que não são revolucionários mas que foram astutamente utilizados por Duncan Jones. O seu elenco também é um dos seus melhores elementos. Jake Gyllenhaal está constante e convincente como Colter Stevens, um soldado emocional que rouba todas as cenas do filme ao lado de Michelle Monaghan, uma actriz talentosa que também nos oferece uma performance interessante. Vera Farmiga e Jeffrey Wright compõem um elenco secundário de luxo que apoia convenientemente Jake Gyllenhaal durante a sua demanda. Duncan Jones criou com “Source Code” mais um fantástico filme sci-fi, que infelizmente não é tão perfeito como o seu primeiro filme mas que é muito mais apelativo para o público devido às suas temáticas comerciais e aos seus luxuosos elementos técnicos.

Classificação – 4,5 Estrelas Em 5

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4 Comentários

  1. Quero muito ver este filme. Depois dessa critica então... minha vontade aumento!

    http://filme-do-dia.blogspot.com/

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  2. Na boa, dizer que esse filme é bom é um atentado à inteligência. Falha de argumento total...vejam até o final, e me digam se o cara não estragou o filme...Filmes como Moon, ou Primer, tem um argumento convincente ao tratar de temas semelhantes. Mas nesse aí, nem o cara que escreveu sabe do que se trata o invento dele, e sabe passar isso muito mal para o público. Destino com viagem no tempo, ou oito segundos na cabeça de um defunto, que seja, mas seja convincente.

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  3. O Bruno acha que estragou o filme, porque contou como a maquina funciona?

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  4. Excelente o filme. Deu até vontade de assistir de novo. O melhor filme do ano.

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