Crítica - Arthur (2011)

Realizado por Jason Winer
Com Russell Brand, Helen Mirren, Jennifer Garner

A lista “100 Years, 100 Laughs” do American Film Institute é constituída pelos cem maiores filmes cómicos do Século XX e entre esses maravilhosos filmes encontramos “Arthur”, de Steve Gordon (1981), um enorme sucesso comercial que maravilhou a crítica e que venceu os Óscares de Melhor Actor Secundário (John Gielgud) e Melhor Música Original, tendo também recebido nomeações para os Óscares de Melhor Actor Principal (Dudley Moore) e Melhor Argumento Original (Steve Gordon). “Arthur” de Jason Winer e da Warner Bros. é um remake desse icónico clássico que imortalizou Dudley Moore e Steve Gordon, um remake muito fraco que é uma autêntica sombra do clássico da década de oitenta. A sua história centra-se em Arthur Bach (Russell Brand), um multimilionário excêntrico e extremamente infantil que recebe um ultimato por parte da sua inexorável mãe: ou casa com a atraente mas inflexível Susan Johnson (Jennifer Garner) ou fica sem a sua fortuna e única fonte de rendimento. Arthur aceita casar com Susan mas quando conhece Naomi (Greta Gerwig), uma mulher amável que aceita a sua excentricidade e que o ama verdadeiramente, fica determinado em terminar o seu noivado com Susan e em mostrar à sua mãe que é capaz de comandar sozinho a sua vida, mesmo que isso implique ficar sem a sua fortuna.


A Warner Bros. e Jason Winer tentaram, sem sucesso, criar um filme tão divertido e tão criativo como ”Arthur” de Steve Gordon (1981), mas a verdade é que a essência cómica deste clássico nunca se manifestou neste remake. A sua vertente cómica pode não ser excelente mas encontramos, mesmo assim, várias cenas minimamente interessantes que envolvem Arthur (Russell Brand) e a sua excentricidade, no entanto, essas cenas não são suficientemente fortes para rivalizar com aquelas que foram criadas por Steve Gordon em “Arthur” (1981), ou para compensar a sua fraca vertente romântica que se assume claramente como o elemento mais fraco e artificial deste remake, que é muito mais inconsistente e enfadonho que a clássica comédia dos anos oitenta.


O rookie Jason Winer não nos oferece com “Arthur” um trabalho tão criativo ou tão coeso como aquele que nos oferece normalmente em “Modern Family” da ABC, mostrando assim que realizar uma série não é a mesma coisa que realizar um filme. O elenco de “Arthur” é um dos raros atractivos deste remake e tem em Russell Brand a sua maior estrela cómica. Russell Brand não é nenhum Dudley Moore, mas o seu Arthur acaba por salvar o filme com a sua característica excentricidade infantil. As performances secundárias de Helen Mirren e de Jennifer Garner são razoáveis e Greta Gerwig acaba por ter a performance mais sofrível do elenco. Os trailers de “Arthur” faziam antever uma comédia semelhante ao homónimo clássico da década de oitenta, mas a verdade é que o filme em si acabou por ficar aquém das expectativas e ao nível da maioria das comédias românticas norte-americanas da actualidade.


Classificação – 2 Estrelas Em 5

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7 Comentários

  1. Gostei apesar de tudo isso

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  2. Helen Mirren e de Jennifer Garner salvaram o filme. Greta Gerwig, não outorga a força que o personagem necessita. Quem assistiu Arthur antigo e lembra da representação maravilhosa de Liza Minelli sabe do que eu estou falando.

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  3. Uma porcaria!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Coitado deste cara não chega nem aos pés de Dudley Moore que era pequeno no tamanho mais grandioso no talento e um perfeito cavalheiro!O filme Arthur 1981 era uma comédia romantica e não uma molecagem!!!!!!!!!!!!!!! Saudades de Dudley Moore!!!!!!!!!Saudades...

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  4. Ninguém mais ninguém vai ficar na memória como
    Dudley Moore ficou, ele é inesquecivel ele tinha talento e não esse bacaca!Dudley Moore é o verdadeiro Arthur!

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  5. Sobre o filme Arthur 2011: Lendo em algum lugar na internet li um comentario indiota sobre este filme artificial que é Arthur 2011 o comentário é falso moralista dizendo que a clássica comédia Arthur de 1981 vinha de um época liberada de liberação sexual e que o filme Arthur de 2011 era para dar um fim no alcolismo de Arthur 1981!
    Jesus Cristo! Que mundo careta, erotizado e sem romantismo é esse que vivemos hoje em dia para falar do mundo de 1981... O Arthur 2011 é uma droga sem justificativas que arrumou este termo do alcolismo para dizer ou tentar justificar o fracasso deste filme em um mundo onde infelizmente até as drogas já são liberadas!Onde a família esta falida, onde os sonhos foram comprados, onde a magia esta extinta... Portanto não me venham com essa demagogia!
    Sobre Russell Brand:
    Esse camarada sem talento e desprovido de carisma e douçura que infelizmente foi fabricado por um reality show jamais deveria ter feito Arthur 2011 e infelizmente estes são os ditos artistas de hoje sem talento fabricados e não natos!
    Sobre Dudley Moore: Ator,comediante,músico,compositor e regente!Um artista nato, um homem que gostava de mulher coisa rara nos dias de hoje!...Tinha um olhar quente e um sorriso travesso, tinha talento como ninguém e um carisma, uma doçura rara em um homem que gostava tanto de mulher, misturado ao romantismo e cavalherismo que ele carregava em sua alma!
    Dudley foi perfeito no papel de Arthur pois tinha tudo isso! O filme perfeito: Arthur 1981 expremia o amor acima de tudo! O filme era perfeito pois tinha Dudley Moore...
    Acho que não preciso dizer mais nada.

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    1. Assino em baixo suas palavras meu caro amigo....Li em alguns blogs que consideram a nova versão melhor que a original....um verdadeiro acinte.

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  6. Gente , um remake nunca é a mesma coisa, comparações sempre vão existir, mas este filme tem tiradas inteligentes! Arthur q parece ser no filme um imbecil total é na realidade um personagem forte, inteligente que conseguiu através da sua pseudo infantilidade contornar a dizer não a mãe de forma brilhante!!! Os outros personagens tem seus destaques dentro de seus contextos... Assiti o filme e recomendaria sem pestanejar...

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