Crítica - Step Up Revolution (2012)

Realizado por Scott Speer
Com Jordana DePaula, Kathryn McCormick, Ryan Guzman

Uma história banal, um elenco bonito mas sem talento, um cenário exótico e, claro está, uma série de vistosas coreografias onde reina o estilo breakdance. É difícil de resumir melhor este “Step Up Revolution”, um filme bastante medíocre e substancialmente mais fraco que o seu antecessor, “Step Up 3D” (2010), mas estranhamente similar a “Step Up 2: The Streets”, o pior filme deste franchise. Em “Step Up Revolution” acompanhamos a saga de Emily (Kathryn McCormick), uma jovem ambiciosa que chega a Miami com aspirações de se tornar numa bailarina profissional. É nesta quente e mágica cidade norte-americana que Emily conhece Sean (Ryan Guzman), um homem bastante bonito e idealista que lidera os "The Mob", um grupo underground que se dedica ao fenómeno das flash mobs. Os dois iniciam de imediato um atribulado romance que culmina na união das suas forças e talentos para combater o plano de um poderoso homem de negócios, que ameaça transformar o bairro onde os “The Mob” treinam e atuam num grande empreendimento hoteleiro, no entanto, esta aliança romântica de Emily com Sean poderá comprometer o seu futuro como bailarina profissional. 
Tal como os outros três filmes deste franchise, “Step Up Revolution” tem uma história muito pouco inovadora que se centra essencialmente no tradicional romance entre dois ambiciosos bailarinos que se apaixonam à primeira vista e que, após uma série de previsíveis altos e baixos na sua relação relâmpago, acabam por se unir para superar um desafio/ adversidade que acaba por validar e reforçar o seu amor. As debilidades narrativas do seu enredo não se limitam apenas a esta sua entediante vertente romântica ou aos frívolos dramas existências e sociais que abalam os dois intervenientes centrais, mas estes são claramente os principais defeitos do pobre argumento desta produção, que nos oferece também uma imensidão de diálogos inúteis, algumas piadas secas e um vilão capitalista sem nexo. O grande atrativo desta obra é exatamente o mesmo que o dos seus conhecidos antecessores, ou seja, as suas múltiplas e energéticas coreografias que são acompanhadas por músicas da moda e que, neste caso concreto, são realizadas no âmbito de um dos mais recentes fenómenos recreativos das massas - as flash mobs. Estas sequências musicais estão bem coreografadas e conseguem quebrar a monotonia da trama, mas não são tão empolgantes ou hipnotizantes como as de “Step Up 3D” e também não são lá muito férteis em elementos de dificuldade. Uma coisa é verdade, “Step Up Revolution” tem muita dança e muita música, mas não tem uma história, um elenco ou uma realização minimamente decentes, sendo por isso um filme a evitar para quem não goste de produções do género. 

 Classificação – 2 Estrelas em 5

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2 Comentários

  1. Boa crítica. As tuas críticas têm vindo a melhorar muito, João. Continua!

    V.

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  2. Não sabes apreciar dança devias de ser imparcial e não tão burro e achares os filmes fora de moda antigos.

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