The Twilight Saga - O Legado

O último filme da "Saga Twilight", "The Twilight Saga: Breaking Dawn: Part 2", estreia já esta semana em Portugal e nos Estados Unidos da América. É claro que a Lionsgate já anda a dizer que vai produzir mais filmes deste franchise e até Stephenie Meyer, a mente criativa por detrás deste sucesso global, revelou que planeia adicionar, pelo menos, mais dois livros à saga literária, mas para já a "Saga Twilight" só é composta por cinco longas-metragens que serão para sempre recordadas como as verdadeiras produções da saga original. O sucesso dos filmes e dos livros entre o público juvenil é notório, tal como o ódio que uma vasta parcela do público mais velho e exigente sente por esta saga mas, quer se goste quer se odeie, não há dúvidas que este franchise deixou uma marca profunda na sétima arte, agora é discutível se essa marca é positiva ou negativa. Por um lado, este mega-produto juvenil "forneceu" à Industria de Hollywood uma série de jovens atores como Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Nikki Reed, Kellan Lutz e Ashley Greene que, de uma maneira ou de outra, conseguiram aproveitar o impeto popular da "Saga Twilight" para cimentarem uma posição no mercado e conseguirem assim papéis em filmes mais sérios e interessantes, como é o caso de Pattinson em "Cosmopolis" ou "Water for Elephants e de Stewart em "On The Road" ou "Snow White and the Huntsman". Os realizadores dos cinco filmes não tiveram tanta sorte como a vasta maioria dos membros do elenco, mas Catherine Hardwicke até conseguiu agarrar a realização de "Red Riding Hood" que, na altura do seu lançamento, estava entre os filmes mais aguardados do ano. É claro que o maior beneficiado desta saga foi o estúdio que a produziu, ou seja, a Summit Entertainment que agora faz parte da família Lionsgate. As avultadas quantias monetárias que estes estúdios arrecadaram e ainda vão arrecadar com este franchise é mais que suficiente para suportar os efeitos da crise financeira e para apostar em novas produções de guionistas, realizadores ou produtores emergentes, afinal de contas estamos a falar da Lionsgate que é conhecida nos Estados Unidos da América como o estúdio comercial mais indie da industria. A outra grande beneficiária desta saga foi Stephanie Meyer que, para além de ficar milionária, aproveitou o mediatismo e a ausência de preocupações monetárias para investir em produtos literários um pouco mais exigentes como "The Host", que também será adaptado ao cinema em breve. A nível técnico e narrativo, nenhum dos filmes é brilhante nem ficará para a história pelas melhores razões, mas não tenho dúvidas que o seu sucesso trilhou o caminho para os estúdios norte-americanos apostarem mais em sagas juvenis de fantasia, como é o caso da Lionsgate com "The Hunger Games" ou da Alcon Entertainment com "Beautiful Creatures".

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