Com Julianne Hough, Josh Duhamel, Cobie Smulders
Está longe, bem longe de ser um novo “The Notebook” (2004) ou até de conseguir fazer alguma sombra a esse aclamado melodrama romântico que, para mim, é a melhor adaptação cinematográfica, até à data, de um best-seller de Nicholas Sparks. Não está igualmente ao nível de adaptações razoáveis como “Dear John” (2010) ou “"Message in a Bottle" (1999) mas, pelo menos, é um pouco melhor que o tenebroso “The Last Song" (2011). Posso então dizer que “Safe Haven” está ao nível do recente "The Lucky One" (2012), também ele um drama sofrível com uma história de amor bastante mediana e um elenco sem nenhuma evidência. Em “Safe Haven”, Julianne Hough dá vida a Katie, uma mulher recém-chegada a uma pequena cidade, que traz consigo um passado obscuro. A bela jovem começa logo uma relação com um viúvo, que tem dois filhos. A sua vida parece perfeita, até que os seus segredos começam a ser revelados e chegam mesmo a vir atrás de si.
A história de “Safe Haven” é banalíssima. Os clássicos desenvolvimentos e atribulações dos romances de Nicholas Sparks estão todos bem vivos num enredo sem nada de novo. A típica fórmula melodramática/ romântica do famoso autor norte-americano está assim bem viva, mas tem aqui uma importante agravante que leva o filme a descambar para o ridículo. Essa agravante assume o aspeto de uma parva reviravolta final que, para além de ser completamente desnecessária, força esta produção a entrar por um caminho embaraçoso que nada tem a ver com o resto da trama. Lasse Hallström está habituado a filmes deste estilo, mas não faz nada de mais com esta sua nova aventura romântica, nem mesmo controlar ou valorizar o seu fraco elenco. Julianne Hough é, muito provavelmente, uma das piores jovens atrizes da atualidade e, neste romance, arrasta consigo para o lado negro Josh Duhamel e a razoável Cobie Smulders, que teve o azar de assumir uma personagem muito má. A única coisa de positivo que posso dizer sobre “Safe Haven” é que não desiludirá os românticos incuráveis. Pode até ter um romance calculável com um clímax sem valor, mas isto parece ser suficiente para os fãs dos trabalhos de Nicholas Sparks.
Classificação – 1,5 Estrelas em 5
2 Comentários
Peço imensa desculpa, mas não concordo nada. O livro está fantástico e o autor não queria que este livro fosse apenas mais um romance lamechas. Ele queria que fosse um livro misterioso e cheio de ação, que surpreende-se o leitor até á última página. Ainda não vi o filme, e até pode estar uma valente porcaria, porque na arte de os atores serem rascas tmb concordo... Mas, no que toca ao livro propriamante dito, está fantástico, e que não acha, é simplesmente ignorante...
ResponderEliminarEsta critíca - 0,5 estrelas em 5 --`
Concordo, quase, completamente com o Sr. João Pinto, gosto muito mais do filme “Dear John”, do que todos os outros filmes deste autor.
ResponderEliminarEm relação a este filme é banalíssimo, cheio de lugares comuns e/ou clichés, é sempre o mesmo, não surpreende nada, previsível.
Em relação ao livro não sei, nem quero saber, o meu gosto literal não chega tão baixo e ao tão lamechas, aqui não se fala de livros mas sim de cinema, séries e filmes, e este é muito mau, até dava menos do que 1,5 em 5, e realizador já nos deu melhores trabalhos, como por exemplo os espectaculares "Chocolat", "What's Eating Gilbert Grape", "The Cider House Rules", "Hachi: A Dog's Tale"...
Mais ainda, dizer que quem não gosta de alguma coisa que você (anónimo) gosta, só o torna ainda mais ignorante que os outros.