Realizado por Philipp Stölzl
Com Aaron Eckhart, Eric Godon, Garrick Hagon
Género - Thriller
Sinopse - Após mais de 14 anos a trabalhar como agente da CIA, Ben Logan (Aaron Eckhart) começa agora a questionar a sua vida. Quando a sua ex-mulher morre deixando Amy (Liana Liberato), a filha adolescente de ambos, ao cuidado do avô, Logan resolve abandonar a CIA e dedicar mais tempo a ser pai. Logan consegue um emprego na multinacional Hudson Security Systems e muda-se para a Bélgica com Amy. Mas um dia, ao chegar ao trabalho, Logan descobre os escritórios vazios e que a empresa e os seus colegas desapareceram, como se nunca tivessem existido. Na procura de uma lógica para o sucedido, Logan torna-se um alvo a abater por um colega da empresa onde trabalhava, vendo-se obrigado a fugir com Amy. Na fuga frenética que se segue, Logan começa por desenrolar o novelo da intriga em que se vê enredado, e que envolve o governo americano, um poderoso Barão de Negócios, assassinos profissionais e Anna Brandt (Olga Kurylenko) uma agente da CIA numa missão de encobrimento do poder corporativo. Mas a única coisa com que todos eles não contavam era encontrar em Logan um assassino disposto a tudo para salvar a única pessoa que ele realmente ama.
Crítica – Em certas alturas, “The Expatriate” faz lembrar os franchises “Taken” ou “Bourne” mas, embora tenha certas semelhanças narrativas com esses blockbusters, não o considero de todo uma imitação barata desses rentáveis sucessos comerciais. É bem verdade que este thriller de Philipp Stölzl não é nenhuma maravilha nem é nada inovador, mas o seu sólido enredo está muito bem montado. É por isso que “The Expatriate” é capaz de envolver e entreter qualquer espetador com a sua ritmada intriga que, volta e meia, apresenta uma imprevisível reviravolta ou uma empolgante cena de ação. O seu enredo pode até ser envolvente mas também apresenta várias falhas, como erros básicos de coerência ou vilões aborrecidos e muito burros mas, entre estes defeitos, existe, acima de tudo, uma trama com bons detalhes. Eu gostei particularmente da evolução dinâmica que pauta a interação familiar entre os dois protagonistas - um pai extremado (Ben Logan/ Aaron Eckhart) e uma filha corajosa (Amy/ Liana Liberato) - que, embora não represente nenhuma novidade, confere ainda assim alguma particularidade a este razoável produto, que beneficia também com as fortes performances do experiente Aaron Eckhart e da jovem Liana Liberato, que, se bem se recordam, começou a sua carreira com um trabalho de luxo no thriller dramático “Trust” (2010). A competente direção de Philipp Stölzl também se faz notar ao longo do filme, sobretudo no competente planeamento das suas sequências de ação. É de notar que “The Expatriate” não está acima da média, mas também não é meramente mediado. As suas cenas de ação são minimamente cativantes, a sua trama tem um certo encanto intelectual e o seu elenco central tem um bom trabalho.
Classificação - 3 Estrelas em 5
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