Crítica - The Oranges (2011)

Realizado por Julian Farino
Com Hugh Laurie, Catherine Keener, Adam Brody

A única coisa que conseguimos espremer de “The Oranges” é um desagradável sumo narrativo que está bem longe de se aproximar de um agradável sumo de laranja, já que não há nada de muito doce ou refrescante nesta fraquíssima dramédia romântica, que é protagonizada por um elenco relativamente conhecido que nos surpreende pela negativa com um grupo de performances desinspiradas e sem grande ambição, como aquela que é assinada pelo carismático Hugh Laurie, que em “The Oranges” dá vida a David Walling, um homem de meia-idade que está preso a um casamento monótono e cheio de infelicidade. Ele acaba por recuperar o gosto pela vida quando inicia uma controverso relação romântica com Nina Ostroff (Leighton Meester), a rebelde e esbelta filha de Terry e Cathy Ostroff (Oliver Platt e Allison Janney), os melhores amigos e vizinhos de longa data de David e Paige (Catherine Keener), a mulher de David que entra numa grande depressão nervosa quando descobre que o seu marido a traiu com uma rapariga com a mesma idade da sua filha, Vanessa Walling (Alia Shawkat), que também reage muito mal a este polémico relacionamento que levará todos os envolvidos a despertar para as suas vidas, reavaliar o que significa ser feliz e perceber que às vezes, o que parece ser um desastre, acaba por ser exatamente o que precisamos.

   

Esta confusa história sobre amor, traição, amizade e família nunca nos é contada de uma forma muito clara ou convincente. Isto deve-se em parte ao fraco trabalho de Ian Helfer, que não conseguiu escrever um guião convincente com capacidade para chocar ou surpreender o espetador que, ao longo de quase duas horas, tem de suportar uma enfadonha intriga romântica que é protagonizada por uma série de personagens, sem grande contexto narrativo ou emocional, que nunca conseguem vender adequadamente as suas respetivas histórias e emoções. É por isso que o leviano romance entre Nina e David nunca sobressai como uma relação credível e duradoura, porque tanto Nina como David são personagens muito fracas que, tal como os restantes intervenientes do filme, nunca conseguem cativar a atenção do público com as suas dúvidas e decisões redundantes. O argumento de “The Oranges” não apresenta apenas um enorme défice romântico e familiar, já que também não existem muitos momentos agradáveis de humor ou sátira, algo que torna ainda mais insuportável esta obra que, como já referi, também não retira grande valor do trabalho do seu conhecido elenco. Esta falta de charme e valor da sua história e do seu elenco acaba por tornar "The Oranges" num produto muito pouco recomendável, onde quase tudo parece ter um prazo de validade muito limitado apesar de, à primeira vista, parecer um filme muito fresco e interessante.

 Classificação – 1,5 Estrelas em 5

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1 Comentários

  1. Não ha uma só coisa boa a se espremer dessa sua crítica pobre, uma verdadeira laranja podre. O filme é agradável e interessante, sugiro que reveja e refaça essa crítica feita com o que aparentemente é uma grande falta de vontade de apreciar a obra.

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