Crítica - Redemption (2013)

Realizado por Steven Knight
Com Benedict Wong, Ian Pirie, Jason Statham

Se quer ver Jason Stathan num filme com alguma substância, então “Redemption” é uma opção a considerar, muito embora não seja propriamente um filme muito forte ou desafiante de um ponto de vista intelectual ou emocional mas, tendo em conta os recentes trabalhos do ator, distingue-se, ainda assim, como um produto na fronteira do razoável que conta com uma performance esforçada de Statham na pele de Joey Jones, um ex-soldado do Grupo de Forças Especiais do Exército Britânico, que, após ter participado numa trágica missão no estrangeiro, regressa a casa onde, por culpa das violentas memórias que foi recolhendo no terreno de combate, é obrigado a enfrentar uma pobre vida de sem-abrigo nas frias ruas da capital britânica. Numa tentativa de se reencontrar, Joey acaba por assumir a identidade de um outro homem, mas quando descobre que a sua namorada foi brutalmente assassinada por um homem misterioso, decide perder a pouca compaixão que ainda lhe resta e arriscar tudo o que ainda tem dentro de si para ir atrás de vingança, entrando assim num perigoso caminho de violência e más decisões que só poderá culminar em tragédia. 


Realizado por Steven Knight, o guionista de “Eastern Promises” (2007) e “Dirty Pretty Things” (2003), “Redemption” não é um thriller criminal de grande calibre, mas nota-se que o seu argumento foi influenciado, de forma positiva, pelos ilustres produtos que Knight ajudou a escrever e que, tal como este filme, lidam com a vingança e o crime organizado. O problema é que o enredo de “Redemption” não tem nenhum requinte ou suspense, apesar de partir de uma ideia com pés e cabeça que, por culpa de um realizador pouco experiente e/ ou de um argumento sem chama, não foi transposta para o grande ecrã de uma forma atrativa para o espetador, que também não se poderá entreter a ver algumas boas cenas de ação e combate físico, já que estas são surpreendentemente escassas. O mesmo já não se passa com as penosas cenas lamechas e pseudo-românticas, que em vez de humanizarem o protagonistas e colocarem em perspetiva a sua dura realidade, acabam por empestar o filme com um ambiente de parolice e estereótipos. É por ser assim tão lamechas, unidimensional e um bocado chato, que esta obra não se consegue livrar do estigma de ser um filme quase satisfatório, mas acho que, apesar das suas notórias falhas, não é um mau filme e, dentro do fraco registo recente da carreira do seu protagonista, acaba mesmo por ser uma das suas melhores longas-metragens, muito por culpa das ideias competentes que edificaram a sua premissa e que, por vezes, vêm ao de cima em alguns dos seus momentos chave.

 Classificação - 2,5 Estrelas em 5

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1 Comentários

  1. Eu cá dou-lhe uma maior classificação.
    Dei quatro estrelas ao filme e gostei muito do desempenho da atriz Agata Buzek, tal como da química com o ator Jason Statham.
    O que falhou a meu ver foi a pouca aprofundada relação do protagonista com a família, o pequeno papel atribuído a Ian Pirie e um final um pouco aberto que deixou-me a pensar “será sinal de sequela”.

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