Pérolas Indie - Hysteria (2011)

Realizado por Tanya Wexler
Com Hugh Dancy, Maggie Gyllenhaal, Jonathan Pryce
Género - Comédia 

Sinopse - Em plena Inglaterra Vitoriana, o Dr. Mortimer Granville (Hugh Dancy), um jovem médico à procura de exercer a sua profissão, é aceite numa clínica dedicada a curar a histeria feminina. Perante a forma utilizada, irá pesquisar uma solução alternativa, que resultará na invenção do primeiro vibrador.

Crítica – À primeira vista, uma longa-metragem sobre a invenção do vibrador pode parecer estranha e imprópria, mas não há nada de pornográfico ou polémico nesta pequena comédia romântica que, sem ser muito picante ou excitante, consegue entreter o espetador com uma leve e descontraída história que, embora seja levemente baseada em factos verídicos, não permitirá ao espetador retirar grandes ilações históricas, já que “Hysteria” foi criado para entreter e não para educar. É claro que esta obra criada por Tanya Wexler tem alguns fundamentos históricos, mas serão poucas as pessoas que olharão para esta comédia e verão mais do que um filme simples e ligeiro com alguns momentos engraçados que põem em evidência as partes mais constrangedoras e empolgantes do estranho conjunto de eventos que levaram à criação do vibrador. O problema de “Hysteria” é que não se foca apenas na criação do vibrador e nas divertidas peripécias laborais do seu protagonista, já que a dada altura começa a prestar demasiada atenção a uma ridícula e desnecessária subtrama romântica, que conta com um pachorrento, limitado e previsível desenrolar que não traz qualquer benefício prático ou específico a esta produção que, no meu entender, poderia ter recolhido mais alguns elogios se tivesse apostado um pouco mais na implementação de mais sequências cómicas de grande valor, como aquela onde um jovem e constrangido Dr. Mortimer tem que masturbar pela primeira vez algumas histéricas pacientes. São sequências como esta que dão vida ao filme e à sua curiosa base histórica, mas é claro que “Hysteria” poderia ter sido um filme melhor se os seus criadores não tivessem decidido incluir um romance sem nenhum valor, que quase estragou o ambiente relaxado e divertido desta comédia, que conta ainda com uma agradável performance do promissor Hugh Dancy. 

 Classificação – 2,5 Estrelas em 5

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