Crítica - The Silent House (2011)

Realizado por Chris Kentis e Laura Lau
Com Elizabeth Olsen, Adam Trese, Eric Sheffer Stevens

A popular longa-metragem uruguaia “La Casa Silenciosa” (2010), de Gustavo Hernández, apanhou de surpresa todos os apreciadores de filmes de terror que, certamente, não esperavam encontrar um projeto tão competente como este, que chegou até a brilhar na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Este projeto também chamou a atenção dos realizadores Chris Kentis e Laura Lau, que se juntaram à LD Entertainment para criarem um remake norte-americano desta produção sul-americana cuja história é, supostamente, baseada em eventos reais. Esta adaptação americana é mais fraquinha, aliás muito mais fraquinha que a versão original, porque apesar de apostar no mesmo espírito inquietante, “The Silent House” não consegue convencer e, apesar de começar com alguma intensidade, acaba por se tornar num pesadelo enfadonho. 

   

Tal como no original, “The Silent House” é protagonizado por uma jovem que fica trancada e sozinha dentro da sua velha casa de férias após estranhos eventos terem ameaçado a serenidade da casa. Sem contacto com o mundo exterior e sem saída possível, o pânico transforma-se numa sequência de eventos de terror que ameaçam a sua sanidade mental. Esta intriga pode parecer interessante e, realmente, começa com algum suspense, mas à medida que o filme avança vai-se tornando cada vez mais parva e menos espontânea, até que chega a um ponto de rutura em que tudo resvala para uma idiotice sem pés nem cabeça, muito por culpa do seu pobre desenvolvimento até ao seu ponto decisivo, que é tratado e revelado com muita pouca imaginação e suspense. O elenco também não ajuda. Até gostei da performance esforçada de Elizabeth Olsen, mas não suportei o desempenho duro e monótono de Eric Sheffer Stevens, que interpreta o pai da protagonista e que, felizmente, aparece poucas vezes ao longo dos oitenta e oito minutos de duração deste esquecível filme de terror, que embora tenha algumas parecenças com o filme uruguaio, fica um pouco distante do nível de suspense dessa obra que, embora seja interessante, não é propriamente uma maravilha cinematográfica.

Classificação - 1,5 Estrelas em 5

Enviar um comentário

0 Comentários

//]]>