Crítica - I, Frankenstein (2014)


Realizado por Stuart Beattie 
Com Bill Nighy, Aaron Eckhart, Miranda Otto 

Quando um filme sofre tantos atrasos e a sua estreia é sucessivamente adiada, então por norma o resultado final será péssimo. É claro que, por vezes, há exceções, como o surpreendente “World War Z”, mas posso desde já afirmar que “I, Frankenstein” não é um desses casos particulares, sendo mais um péssimo exemplo de um fracasso anunciado, tal como os equitativamente medíocres e recentes “47 Ronin” e “Oldboy”. Nesta espécie de péssimo cruzamento entre “Frankenstein” (1994) e “Constantine” (2005), Aaron Eckart interpreta Adam/ Monstro de Frankenstein que, duzentos anos após a sua criação, torna-se no epicentro de uma grande guerra oculta que só ele conseguirá travar, já que desde cedo descobre que só ele será capaz de salvar ou destruir por completo a raça humana.


Eu penso que o grande objetivo dos produtores de “I, Frankenstein” passava por aproveitar a imaginação da homónima graphic novel escrita por Kevin Grevioux, bem como o espírito sombrio e sobrenatural do Monstro de Frankenstein, a clássica personagem principal do romance “Frankenstein”, de Mary Shelley, e adaptá-los de forma explosiva a uma espécie de blockbuster cheio de ação com reminiscências a obras igualmente básicas e comercias como “Van Hellsing” (2004), mas como já se adivinhava, este projeto realizado por Stuart Beattie não é inteligente nem imaginativo, sendo ainda muito mais descontrolado e irracional do que inicialmente se esperava. Embora tenha alguma ação pelo meio, não se pode dizer que a sua trama seja envolvente porque, para além de não ter grandes momentos de intensidade ou relevo, acaba por conduzir o espetador a um entretenimento desmiolado e sem valor que se torna redundante muito rapidamente. Embora possa parecer cativante para os fãs de filmes mais comerciais, “I Frankenstein” é uma péssima aposta dentro do género sobrenatural ou fantasioso, não só porque aposta numa trama banal praticamente isenta de entretenimento e pessimamente estruturada, mas sobretudo porque se trata de um filme vulgar sem argumentos, a qualquer nível, para convencer o grande público. 

 Classificação – 1,5 Estrelas em 5

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2 Comentários

  1. Cada um pensa na maneira que vê as coisas e achas, contudo na 30 anos de cinema e critico Frankenstein para mim rebateu o mito, e mostrou qualidade e acção necessária para os apaixonantes de cinema. Principalmente uns mausoléus ali representados tanto a nível arquitectónico como histórico os efeitos extraordinários, claro que podia, ser mais sinistro e mais sombrio...mas nem tudo é perfeito e cada um analisa e tira as conclusões como quem quer...houve criticas underworld e para mim foi sequela extraditaria espero por mais...

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  2. Pois a verdade eu não gostei, mas como thriller de filme de terror acho que funciona muito bem, mas eu não gosto da verdade. No entanto, o filme me fez lembrar da série terrível Penny Dreadful recentemente uma história que aborda as verdadeiras origens do outros clássicos como Frankenstein e Dorian Gray, eu recomendo muito.

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