Pérolas Indie - Labor Day (2013)


Realizado por Jason Reitman 
Com Kate Winslet, Josh Brolin, Tom Lipinski 
Género - Drama 

Sinopse - Henry Wheeler, um rapaz de treze anos, luta por ser o homem da casa e por cuidar da sua mãe Adele, enquanto se confronta com todos os problemas da adolescência. Numa ida às compras, Henry e a sua mãe encontram Frank Chambers um homem intimidante, mas claramente a necessitar de ajuda, que os convence a levarem-no para casa deles e que, mais tarde, lhes revela ser um condenado fugitivo. Os dias que se seguem vão definir o resto das suas vidas...

Crítica – É inegável que “Labor Day” é a longa-metragem mais fraquinha que já vimos de Jason Reitman, um promissor cineasta canadiano que, nos últimos dez anos, apresentou ao mundo quatro obras de qualidade, sendo de destacar primeiramente os celebrados “Up in the Air” (2009) e “Juno” (2005), e, num plano mais secundário, os competentes “Young Adult” (2011) e “Thank You For Smoking” (2005). Infelizmente, “Labor Day” não está nem sequer perto do nível que esperava, mas dito isto tenho que o destacar na mesma como um projeto razoável, porque embora seja uma grandioso desilusão face aos projetos anteriores de Reitman, consegue ainda assim superar os patamares de mediocridade que, por estes dias, reinam em Hollywood, mas convém no entanto deixar desde já bem claro que “Labor Day” não é uma pérola, mas é um produto competente.
Um dos principais atrativos deste projeto é o seu grandioso elenco, que é encabeçado numa primeira linha por Kate Winslet, Josh Brolin e  Gattlin Griffith, mas por força de flashforwards e flashbacks, atores conhecidos como Tom Lipinski e Tobey Maguire também aparecem no filme, sendo que a sua participação, embora interessante, carece da importância que têm os trabalhos centrais de Winslet e Brolin, que com as suas respetivas personagens levam às costas a espécie de semblante romântico e sexual deste filme, que por intermédio da promissora performance de Griffith também apresenta uma relevante componente dramática e familiar, fruto das importantes interações entre a personagem deste jovem ator com as personagens mais maduras de Winslet e Brolin. Embora seja descrito como um trhiller e, apesar de começar com um par de sequências iniciais que reforçam essa ideia e ambiente, “Labor Day” cai rapidamente para uma dramatização exagerada, onde não existe suspense ou qualquer clima negro, já que no máximo dos máximos, o seu constrangedor desenvolvimento mais parece digno de um drama familiar negro sem, como é óbvio, os toques de humor e drama negro. Há portanto uma progressiva ausência de profundidade neste inglório esforço de Jason Reitman, que tem aqui, simultaneamente, o seu projeto mais pesado e frágil, não sendo por isso de estranhar que "Labor Day" se torne também num dos seus filmes menos populares. 

Classificação - 2,5 Estrelas em 5

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1 Comentários

  1. Pois caro João Pinto, discordo de si. Labor Day é (mais) uma obra prima de Jason Reitman. Até agora, não fez filmes menores são filmes do muito bom até à obra prima.
    É destes filmes que o mercado precisa e não blockbusters ou adatações da Marvel e DC Comics .Reitman prova mais uma vez que é um dos melhores realizadores atuais. É um memorável filme que faz lembrar "A Última Hora".

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