IndieLisboa 2014 - Apresentação

A programação do IndieLisboa 2014 já foi anunciada. Entre 24 de Abril e 4 de Maio, a Culturgest, o Cinema São Jorge, a Cinemateca Portuguesa e o Cinema City Campo Pequeno em Lisboa vão acolher a décima primeira edição deste festival dedicado ao cinema independente, cuja programação volta, uma vez mais, a dar um grande destaque ao cinema português, aliás este ano o mote do festival passa por comprovar que a produção cinematográfica nacional está cada vez mais desperta para novos formatos e linguagens, assim sendo, para a Competição Nacional de Longas Metragens do IndieLisboa foram selecionadas quatro produções documentais que ilustram bem as diferentes formas e temas do cinema nacional: "O Novo Testamento de Jesus Cristo Segundo João", de Joaquim Pinto e Nuno Leonel; "Alentejo, Alentejo", de Sérgio Tréfaut; "Revolução Industrial", de Tiago Hespanha e Frederico Lobo; e "Tales on Blindness", de Cláudia Alves. Já a Competição Portuguesa de Curtas Metragens integra, este ano, uma ampla selecção que demonstra que o formato curta é cada vez mais procurado por realizadores portugueses, já que entre os selecionados estão vários projetos de realizadores que costumam trabalhar em longas metragens, como Manuel Mozos e Sandro Aguilar, que competem, respetivamente, com os filmes "Cinzas e Brasas" e "Jewels", mas entre os selecionados há também outros projetos a ter em conta, como "Boa Noite Cinderela", de Carlos Conceição; "Ponto Morto", de André Godinho; ou "As Rosas Brancas", de Diogo Costa Amarante.
No plano internacional, a Competição Internacional de Longas Metragens volta a ser o palco de  exibição de primeiras e segundas obras nunca antes mostradas publicamente em Portugal, como a produção brasileira "Amor, Plástico e Barulho", de Renata Pinheiro, ou a produção norte-americana "Stand Clear of the Closing Doors", de Sam Fleischner. O mesmo espírito domina a Competição Internacional de Curtas Metragens, que apresenta uma seleção vasta de obras promissoras de jovens cineastas europeus, alguns deles já consagrados em festivais internacionais.
À margem das secções competitivas, o grande público deverá mais uma vez apreciar os filmes da Secção Observatório, que reúne, mais uma vez, um panorama de obras essenciais do cinema contemporâneo assinadas por cineastas consagrados e inéditas nas salas portuguesas, como é o caso do thriller "Joe", de David Gordon Green; e do drama "Tom at the Farm", de Xavier Dolan, que passarão pelas salas de cinema portuguesas ainda este ano, mas que poderão ser vistas, em primeira mão, no IndieLisboa, bem como os filmes "R100", de Hitoshi Matsumoto; "Nobody’s Daughter Haewon", de Hong Sang-Soo; ou "Drinking Buddies", de Joe Swanberg; que em princípio não passarão pelo circuito comercial português, mas que terão oportunidade de ser apreciadas no IndieLisboa.
A Secção Emergente volta a apresentar múltiplos filmes de jovens realizadores estreantes, que têm no IndieLisboa a oportunidade de mostrarem os seus primeiros trabalhos e aprenderem com o feedback que deriva da sua exibição num grande festival europeu como é o IndieLisboa, que tem uma secção própria dedicada aos projetos de jovens realizadores lusófonos, que na Secção Novíssimos têm a oportunidade de brilhar autonomamente. Este ano, a Secção Novíssimos apresenta apenas uma longa metragem; o drama "O Primeiro Verão", de Adriano Mendes, já em formato de curta serão apresentados onze filmes: "A Minha Idade", de Hugo Pedro; "Alda", de Filipe Fonseca, Ana Cardoso, Luís Cataló e Liliana Sobreiro; "É Consideravelmente Admirável da tua Parte Que Ainda Penses em mim Como se Aqui Estivesse", de André Mendes e Andreia Neves; "Em Cada Lar Perfeito Um Coração Desfeito", de Joana Linda; "Escala", de Fábio Penela; "Gata Má", de Eva Mendes, Joana de Rosa e Sara Augusto; "Meio Corte", de Nicolai Nekh; "O Silêncio Entre Duas Canções", de Mónica Lima; "Sisters", de Pedro Lucas; "Tudo vai sem se Dizer", de Rui Esperança e "Uma Vida Mais Simples", de Inês Alves.
A Secção Pulsar o Mundo reúne, uma vez mais, uma composição de documentários sobre questões relevantes da actualidade mundial, que certamente farão o grande público pensar um pouco mais sobre certas temáticas importantes. Num plano mais secundário, destaque para a Secção IndieMusic, onde o cinema se junta à música, e para a Secção Director's Cut, que aposta numa série de documentários que mergulham na mente e no trabalho de várias figuras proeminentes da sétima arte. Para os mais pequenos, o IndieJunior apresenta, pelo décimo ano consecutivo, uma primorosa seleção de obras dedicadas à infantilidade e à criatividade, como é o caso da única longa desta secção: o filme francês "Vandal", de Hélier Cisterne. É claro que haverá também uma grande seleção de curtas de nível internacional, que certamente propiciarão aos mais novos boas sessões de cinema. E já agora é pertinente referenciar a retrospectiva que o IndieLisboa promoverá em relação à filmografia da realizadora francesa Claire Simon, cujo percurso iniciado e consagrado no documentário a partir do início da década de noventa será homenageado e recuperado nesta edição do festival. 
Em relação às sempre habituais secções especiais, este ano o IndieLisboa tem agendado um programa dedicado ao tema "Guimarães - Capital da Cultura", bem como uma secção especial intitulada "República dos Cravos: 25 de Abril", que pretende assinalar o quadragésimo aniversário da Revolução dos Cravos com a exibição de três produções dedicadas ao tema, como o documentário "Outra Forma de Luta, de João Pinto Nogueira, que reconstitui uma parte da história do 25 de Abril, ou a co-produção "Les Grandes Ondes, de Lionel Baier", uma comédia na qual uma equipa da televisão suíça aterra no Portugal aparentemente pachorrento do dia anterior à revolução e acorda no dia seguinte num país liberto e eufórico. 

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