Realizado por Juan José Campanella
Com Diogo Valsassina, Nuno Gomes, Ana Guiomar, Pedro Ribeiro
Nas vésperas do início do Campeonato do Mundo de Futebol no Brasil, “Metegol” parece ser o filme ideal para todos os espetadores de todas as idades entrarem no espírito e energia da competição, sendo também por acréscimo uma obra simplesmente divertida e sem grande complexidade. Vencedor do Prémio Goya de Melhor Filme de Animação em 2014, “Metegol” é uma mega produção argentina de relativa qualidade dentro do competitivo género de filmes de animação, que nos brinda portanto com uma história repleta de animação e diversão que tem como protagonista o jovem Amadeu, um adolescente popular com muitas aventuras e amigos fora do normal, que joga matraquilhos como um campeão. Um dia, a simples vida de Amadeu complica-se quando tem de voltar a enfrentar El Macho, o seu mais temível rival, desta vez num jogo de futebol a sério. O problema é que El Macho está decidido a vencer Amadeu e tirar-lhe tudo aquilo que ele ama: a vila onde vive, o bar onde trabalha, a sua mesa de matraquilhos e o coração de Laura, por quem Amadeu está secretamente apaixonado. Esta grande ameaça leva Amadeu a juntar-se a um grupo improvável de matraquilhos muito divertidos e determinados em vencer este grande desafio e, assim, ajudar Amadeu a recuperar a normalidade que tanto aprecia.
Realizado por Juan José Campanella, o aclamado diretor do thriller “El Secreto De Sus Ojos” (2009), “Metegol” é claramente um projeto muito mais leve e simples de ver que o seu anterior êxito cinematográfico, mas não restam dúvidas que Campanella é um realizador extremamente versátil e talentoso, porque após ter conseguido maravilhar o mundo com um thriller dramático bem sombrio, criou agora uma animação repleta de boa disposição e com um aparatoso entretenimento para todas as idades. É portanto necessário dar os merecidos parabéns a Campanella por, mais uma vez, ter excedido as expetativas com um projeto bem montado que, neste caso particular, apresenta uma vertente técnica muito apresentável e muito próxima aos grandes filmes de animação de Hollywood, algo que tem que se louvar, já que “Metegol” não teve por trás um orçamento de milhões a apoiá-lo. O outro grande benefício do filme é a sua história, que mistura o mundo desportivo do futebol com o passatempo dos matraquilhos numa trama que, embora seja preenchida por alguns lugares comuns, consegue entreter e apresentar uma certa coesão, quer ao nível dramático, quer ao nível humorístico. É claro que “Metegol” não será um clássico intemporal dentro do género, mas é fácil apreciar o espírito da sua história, que entre piadas curiosas e momentos de alguma densidade humana e emocional, sobressai como algo que mexe com o espetador e que, porventura, poderá inspirar sem dificuldades a imaginação dos mais novos.
Classificação - 3,5 Estrelas em 5
2 Comentários
Porquê a insistência em chamar "Metegol" a este filme se o título no nosso país é "Matraquilhos"?
ResponderEliminarEu agradeço a sua pergunta Anónimo, esta opção deve-se ao facto de o Portal Cinema ser também visitado por pessoas de outros países e, para facilitar a identificação do filme, optamos sempre por utilizar o título original ou inglês. Obrigado
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