Crítica - The Quiet Ones (2014)

Realizado por John Pogue
Com Jared Harris, Olivia Cooke, Sam Claflin

Os produtores dos competentíssimos “The Woman in Black” (2012) e “Let Me In” (2010) arregaçaram as mangas e tentaram sacar de “The Quie Ones” mais uma surpresa assustadora, mas devo dizer que, infelizmente, este seu objetivo ficou um pouco aquém do esperado, porque embora não esteja isento de sustos, “The Quiet Ones” acaba por ser uma experiência cinematográfica bastante morna e até banal, especialmente para todos aqueles que não sejam novatos dentro do género. É por isso impossível para quem veja “The Quiet Ones” escapar a um sentimento de desilusão e até aborrecimento, já que a sua intriga paranormal não é muito singular e arrasta-se sem grande energia ou suspense ao longo de grande parte do filme, algo que até pode parecer estranho tendo em conta que é baseada numa experiência real de parapsicológica que teve lugar em 1972 em Toronto, mas convém desde já dizer que os factos reais pouco tem a ver com o que é apresentado no filme, que segue então a experiência levada a cabo por um professor pouco convencional e três estudantes universitários, que tentam livrar uma jovem rapariga das suas experiências sobrenaturais e telecinéticas.

 

 Só a sua parte final é que faz justiça ao género sobrenatural em que se enquadra, porque é apenas nos seus últimos vinte minutos que as coisas tornam-se interessantes e até assustadoras, porque é só na parte final que acontecem coisas que verdadeiramente valem a pena ver. O que acontece antes pouco cativa ou importa. É certo que há duas ou três sequências curiosas que ajudam a contextualizar a base da experiência e dos protagonistas, mas para ser franco, mesmo estas explicações não servem de muito e, tal como o resto, não passam de pura palha sem grande objetivo, juntamente com os toques românticos e sexuais que vão pautando as relações entre todos os protagonistas e que apenas denigrem ainda mais a imagem do filme. A sua parte final compensa portanto, em parte, um pouco do sentimento de desilusão que deriva desta obra, mas não recompensa todos aqueles que vibram e adoram bons filmes de terror de cariz paranormal, porque embora aposte num final vibrante, “The Quiet Ones” não é muito singular nem sequer muito assustador. É, no fundo, um mediano thriller de terror sobrenatural com um elenco até conhecido e trabalhador, mas sem um claro nível diferenciador. 

Classificação – 2 Estrelas Em 5

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