Crítica - Black Rock (2012)

 
Realizado por Katie Aselton
Com Katie Aselton, Lake Bell, Kate Bosworth

À partida, "Black Rock" parece ser um daqueles thrillers independentes sem grande coisa que puxe pelo espectador, mas prestando um pouco mais de atenção à sua premissa, então até acabamos por ficar um pouco curiosos com o que esta obra nos poderá oferecer, até porque o seu guião parece misturar um pouco de um thriller de sobrevivência com salpicos de um filme de terror violento e um drama humano. Este projeto centra-se então na trágica aventura de três amigas de infância (Kate Bosworth, Lake Bell e Katie Aselton) que decidem esquecer os pequenos problemas que existem entre elas durante uma pequena viagem de lazer a uma pequena ilha perdida na costa leste norte-americana. Já em plena ilha, as três jovens dão de caras com três rapazes que fizeram parte da sua adolescência e, apesar de alguma relutância inicial, decidem acampar juntos, mas no início da noite, um grave incidente faz com que a vida das jovens amigas fique em perigo e vai obrigá-las a mostrar a sua força pessoal e o quanto se importam umas com as outras para conseguirem assim sobreviver a esta trágica viagem. 
Esta sinopse acaba por transformar "Black Rock" num daqueles filmes com potencial para entusiasmar, mas apesar de partir de uma ideia inesperadamente curiosa, não se pode dizer que este thriller seja uma obra de valor. A primeira ideia que nos vem a cabeça acaba, portanto, por ser a correta, já que no final, "Black Rock" acaba mesmo por ser um daqueles filmes indie que não conseguem puxar pelo entusiasmo e entretenimento do espectador. É porque apesar de ter um conceito que poderia dar alguma coisa de jeito, tudo o que eventualmente se passa no filme não entusiasma e, por isso, a sua história acaba mesmo por não vingar e entra numa roda viva de pobres clichés sem qualquer criatividade ou entusiasmo que puxam para baixo o nível de suspense e imaginação de um enredo que, verdade seja dita, fica muito aquém do seu potencial. O outro problema de "Black Rock" é que não convence também como um projeto violento ou como um drama humano, já que as sequências de violência física e mental são praticamente inexistentes e as supostas moralidades humanas que assombram a sua premissa não passam de lugares comuns já muito vistos e sem nenhum toque de excelência. A única coisa que ainda vale a pena aqui são as interpretações do trio feminino que bem tenta dar um certo ênfase a este projeto, mas no final nada acaba por salvar o público de uma experiência mediana e nada memorável.

Classificação - 1,5 Estrelas em 5

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