Realizado por Ettore Scola
Com Tommaso Lazotti, Maurizio De Santis, Giacomo Lazotti
Scola presta com esta obra um tributo a Federico Fellini,
seu amigo íntimo e nome maior do cinema italiano. Usando imagens reais e
ficcionais, o realizador, mais do que uma biografia de Fellini, propõe uma
viagem ao seu imaginário. Pegando no último verso do poema De Outra Manera de Lorca, que intitula o filme, Que estranho chamar-se Federico é uma
obra dirigida ao próprio Fellini tantas são as evocações de cumplicidades que
nos ultrapassam completamente. Os primeiros dias no jornal satírico Marco
Aurélio, estranhas viagens nocturnas de carro por Roma com os mais inusitados
passageiros, os interiores do Teatro 5 da Cinecittà, são momentos da vida do
Grande Mentiroso que pontuam todo o mundo felliniano.
Não há complacências com a gabarolice do realizador e o seu gosto pela extravagância mas sim uma
prova imensa de amizade e uma eterna saudade. Sem grandes interpretações nem um
argumento de relevo, o filme vale pelo nome do realizador e pela sua capacidade
de nos transportar a um mundo que é ainda, e infelizmente, desconhecido de
muitos.
Classificação - 4 Estrelas em 5
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