Já se sabia que a pré-produção de "Steve Jobs", a cinebiografia do já falecido fundador da Apple, foi bastante conturbada e controversa. O filme começou por ser produzido pela Sony Pictures e estava para ser realizado por David Fincher, mas devido a imensos atrasos e à falta de colaboração de pessoas próximas à Apple e a Steve Jobs esta produção sofreu enormes atrasos que levaram a Sony e Fincher a desistirem deste projeto. A Universal Pictures pegou então nesta cinebiografia criada por Aaron Sorkin e contratou o cineasta Danny Boyle para a realizar, mas o projeto demorou ainda vários meses para encontrar um ator que estivesse disponível para interpretar Steve Jobs. Os responsáveis contactaram Leonardo DiCaprio e Christian Bale que, segundo fontes próximas ao filme, estiveram muito próximos de se juntar a esta mega produção, mas numa recente entrevista, Danny Boyle revelou que nenhum dos dois acabou por aceitar o papel porque Laurene Powell Jobs, a viúva do empresário, telefonou-lhes pessoalmente a pedir que não entrassem no filme. Perante este pedido, DiCaprio e Bale rejeitaram o convite da Universal Pictures e o papel acabou por ir para Michael Fassbender.
Esta não foi a única revelação de Boyle. O cineasta, juntamente com outras pessoas próximas ao filme, confirmou que a Apple e Laurene Jobs tentaram sempre atrasar e descarrilar esta cinebiografia em diversos pontos da sua produção, tudo porque a consideram uma jogada de oportunismo financeiro que não honra a memória de Steve Jobs. As mesmas críticas já tinham sido lançadas contra o filme "Jobs" com Ashton Kutcher. Tim Cook chegou mesmo ao ponto de atacar publicamente esta cinebiografia, apelidando-a de um projeto sem ética e consideração. A estas afirmações, Aaron Sorkin respondeu, também publicamente, dizendo que ninguém próximo à Apple, que é atacada por alegadamente incentivar o trabalho escravo na China, pode criticar a ética de seja o que for. É de recordar que "Steve Jobs" estreará já este mês nos Estados Unidos da América.
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