Crítica - Love (2015)

Realizado por Gaspar Noé
Com Ugo Fox, Stella Rocha

Embora mediaticamente polémico e popular, "Love" não é nenhuma obra prima dentro do cinema erótico, ficando a anos luz, por exemplo, do mais completo e bem mais polémico e explícito "Nymphomaniac", de Lars Von Trier. Este sim um projeto que aproveita a vulgaridade do sexo explícito para a inserir, sem pudores e estereótipos,  numa história com bases bem mais sólidas que a deste "Love".
É evidente que Gaspar Noé tentou captar a atenção do espectador por via do sexo, tentando com isso dar um maior enfoque à bizarra história de amor que sustenta a trama do filme. O problema é que esta acaba mesmo por precisar do sexo explícito para tentar conquistar a atenção e o interesse do espectador, já que o seu conteúdo dramático, emocional e humano é praticamente nulo. O problema é que ao não apresentar uma forte substância narrativa, "Love" acaba por resvalar para os simplórios campos do sexo e do erotismo. Estes podem até ser aproveitados e capitalizados ao máximo em produções mais completas, mas aqui não há nada que os complete e, assim, a sua vulgaridade genérica acaba por vir ao de cima. 
Perante esta clara destituição de história, amor ou sentido, "Love" acaba por ficar mais próximo de um filme pornográfico relativamente artístico do que propriamente de um drama erótico que seja merecedor das salas de cinema. 

Classificação - 1,5 Estrelas em 5

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