Crítica - Assassin's Creed (2017)

Realizado por Justin Kurzel
Com Michael Fassbender, Marion Cotillard, Jeremy Irons

Perante as elevadas expectativas e previsões que rodeavam a adaptação cinematográfica de “Assassin’s Creed”, um dos videojogos mais populares da atualidade, há que dizer que o resultado final falhou redondamente. A nota negativa que se atribui a este projeto está diretamente relacionada com a sua débil narrativa que falha principalmente em dois pontos fulcrais que, para esta obra ter resultado, não poderiam ter falhado. Um deles prende-se com a incapacidade que a sua narrativa demonstra em captar e explorar a essência histórica e aventurosa dos videojogos. Tal essência está presente mas de uma forma demasiado tímida e inerte. O filme em si, nomeadamente o seu desenvolvimento narrativo, tinha beneficiado imenso com um maior toque de sagacidade histórica, cultural e dramática. Por não ter esta vertente apurada, “Assassins’s Creed” acaba por se tornar bem mais desinteressante do que se esperava.



A outra falha do filme esta relacionada com a ação. Perante uma base tão rica e tão dedicada à ação e à violência, “Assassin’s Creed” revela-se bastante banal e morno. As suas sequências de ação, por exemplo, não são nada extraordinárias e raramente emulam as fantásticas sequências de luta propiciadas pelos videojogos. Para além da violência ser muito menos literal, ou seja, toda a ação física do filme é sempre demasiado soft, nota-se também um desaproveitamento claro do potencial que esta obra poderia ter tido no que toca à espectaculiariedade, à intensidade e à garra dramática. A trama em si, como já se disse, é bastante seca e, apesar de ser inovadora em relação à dos videojogos, fica muito abaixo de qualquer trama, central ou secundaria, abordada pelos produtos da Ubisoft. 
Por tudo isto, "Assassin’s Creed” representa um tiro ao lado por parte dos seus produtores, já que é uma experiência cinematográfica bastante vazia e banal que não rentabiliza a sua imponente base. A única salvação positiva do filme é o seu elenco de luxo, mas mesmo este perde-se numa história desinteressante que não cativa os fãs de produtos de ação nem os fãs dos videojogos. 

Classificação - 1,5 Estrelas em 5

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