Crítica - Animals (2015)

Realizado por Collin Schiffli 
Com David Dastmalchian, Kim Shaw, John Heard 
Género - Drama 

Sinopse - Jude e Bobbie são um jovem casal que não têm trabalho, vivem no seu carro e estão viciados em cocaína. As suas vidas não são fáceis e consistem numa luta constante pela sobrevivência que, envolve, entre outras coisas, furtos, esquemas e mentiras para arranjarem dinheiro. A sua vida libertina muda radicalmente quando Jude é hospitalizado, algo que obriga dos dois a repensarem as suas vidas e escolhas.

Crítica - Exibido em Estreia no South by Southwest Film Festival de 2014, "Animals" passou ao lado do público por causa do seu cariz independente e não por causa da sua qualidade. Realizado por Collin Schiffli com aquela sensibilidade indie que enaltece os dramas humanos em questão, "Animals" explora uma história de amor, sobrevivência e vício com um forte realismo por detrás de todos os sentimentos que explora. Os seus protagonistas, David Dastmalchian e Kim Shaw, promovem duas performances principais muito curiosas no papel de um casal viciado em drogas muito pesadas que não parece estar preocupado, pelo menos no inicio, pela clara ausência de perspectivas. A sua vida é vivida apenas em função das drogas e dos esquemas que promovem para obterem dinheiro para as compra e, pelos vistos, é assim que são felizes. O amor que os une parece genuíno, mas não os força a endireitar em nenhum momento as suas vidas pouco produtivas, nem quando possibilidades paternais caem sobre o seu futuro pouco risonho.
Esta obra explora portanto um retrato cru e duro sobre um casal de viciados sem um final feliz ou facilidades existências que, a certa altura, têm que enfrentar a dura realidade da sua situação precária quando um deles vai parar ao hospital devido aos seus excessos. É a partir deste momento que "Animals" fica um pouco mais negro e pessoal, mas tal abordagem sobre as decisões dos protagonistas eleva-o para uma curiosa dimensão humana que o torna muito mais que um simples retrato de sobrevivência. A acompanhar este retrato estão muitas sequências fortes de assistir que envolvem, por exemplo, discussões pouco coerentes sobre os sonhos irreais do casal ou até a forma como estes injetam as suas drogas de eleição.

Classificação - 3 Estrelas em 5

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