Crítica - Terminal (2018)

Realizado por Vaughn Stein
Com Margot Robbie, Simon Pegg, Mike Myers

Uma sexy Margot Robbie é suficiente para salvar um filme da mediocridade? A resposta é não!  Pode parecer uma introdução sexista, mas o que é certo é que ao vermos "Terminal" ficamos com a distinta ideia bizarra que os seus criadores pensaram realmente que a presença de Robbie poderia, por si só, salvar esta obra da mediocridade. 
E diz-se isto porque, na realidade, contratar uma atriz vistosa como Margot Robbie para interpretar uma personagem nitidamente femme fatale como a sua Annie é uma ideia que faz todo o sentido. Infelizmente é, literalmente, a única coisa com sentido em todo o filme. É a única decisão lógica e, para ser franco, o único elemento positivo de toda a experiência. E, pelos vistos, os responsáveis por "Terminal" acharam que isto seria mais que suficiente para alavancar um filme mediano.
É claro que não o pensaram pelos benefícios da performance de Robbie, mas por ter sido um casting  visual acertado. É certo que Robbie esforça-se mais até do que deveria, mas não se pode dizer que a sua performance seja digna de um Óscar. Mas mesmo que fosse nada poderia salvar "Terminal" do desastre. E se calhar foi isto que Stein e demais intervenientes criativos não quiseram perceber.
O problema não está em Robbie, muito pelo contrário, está sim num argumento sem conteúdo que tenta entrar, sem sucesso, por um estilo noir sombrio quase a imitar os filmes de espiões da velha guarda ou os primeiros trabalhos de Tarantino. Esta tentativa, bem patente pelos cenários carregados de filtros e uma premissa envolta em mistério, esbarra num argumento inconsequente e sem qualquer criatividade que nunca poderia trazer nada de bom. O filme em si degenera rapidamente numa onda de clichés e ideias sem nexo que levam a um desenlace digno de uma telenovela mexicana. Sem desprimor para esse género televisivo, o que é certo é que tal como geralmente acontece com as telenovelas mexicanas, em "Terminal"  existe um elevado grau de excesso e absurdidade em certos momentos chave, nomeadamente na sua conclusão. E diga-se já que esta não faz qualquer sentido e é tão ridícula como se poderia esperar. Enfim, "Terminal" é no fundo um filme a evitar!

Classificação - 1 Estrela em 5

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