Crítica - Diamantino (2018)

Realizado por Daniel Schmidt e Gabriel Abrantes
Com Carloto Cotta, Anabela Moreira

Foi apontado como filme sensação, nomeadamente após ter conquistado o Grande Prémio da Semana da Crítica no Festival de Cannes, mas foi perdendo mediatismo e interesse à medida que foi entrado no circuito comercial. E a verdade é que “Diamantino” dificilmente teria sucesso junto do grande público num contexto mais comercial. O seu desempenho nas bilheteiras nacionais até surpreendeu tendo em conta o estilo bizarro e tresloucado do filme, mas é evidente que esta obra de Daniel Schmidt e Gabriel Abrantes não é para todos. 
Outrora encarado como o potencial representante de Portugal aos Óscares, “Diamantino” ficou arredado desta luta previsivelmente devido a essa ausência de versatilidade mediática. Seria de esperar que uma comédia dramática que parodia uma figura conhecida do futebol mundial (embora o aviso legal diga que não) fosse um pouco mais transcendente, mas o que é certo é que o resultado final é excessivamente bizarro, subjetivo ou até artístico. Há um certo mérito neste projeto, mas admito perplexidade na hora de tentar compreender o que o levou a conquista de um prémio tão importante em Cannes. 
É certo que tecnicamente está muito bem feito e que tem um elenco dotado, mas o seu enredo é débil na hora de concretizar algo mais do que ideias vagas e uma paródia rebuscada. Esperava-se um pouco mais, nem que fosse na hora de explorar o lado negro da vida na ribalta ou até a rebuscada intriga política que o filme tenta desenvolver.

Classificação de 2,5 Estrelas em 5

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