Crítica - Jexi (2019)

Realizado por Jon Lucas, Scott Moore

Com Adam Devine, Michael Pena, Alexandra Shipp

Nos últimos anos, Adam Devine tem vindo a entrar lentamente na alta roda do mundo da comédia em Hollywood. É certo que já teve alguns highlights mas, até ao momento, ainda não encontrou aquele grande papel de destaque capaz de transportar o seu talento para outro nível. E também não o encontrou com "Jexi", uma comédia romântica com uma premissa interessante é certo, mas com um estilo narrativo e cómico demasiado formulaicos.
Em "Jexi", Devine interpreta Phil, um homem viciado no telemóvel e sem vida social. Não namora, não tem amigos e o seu emprego é escrever o “Top 10” da cultura pop. Mas, ao atualizar o seu dispositivo móvel, o software mais recente vem com um novo recurso inseparável: Jexi, uma aplicação de inteligência artificial, treinadora de vidas e assistente virtual que, ao que tudo indica vai ajudar Phil a ter uma vida pessoal de sucesso.
Embora trace um perfil interessante dos perigos, impactos e problemas que a Inteligência Artificial e a Dependência dos Telemóveis podem ter na sociedade, "Jexi" acaba por não ter muito conteúdo nem sumo por espremer. Embora tenha um inicio prometedor que até parece ter potencial para promover algo diferente e mais interessante, certo é que a trama rapidamente descarrila para um estilo romântico repleto de estereótipos e com pouco interesse que acaba por abafar qualquer potencial intelectual ou metafórico que o filme poderia ter.
A sua vertente romântica é portanto desagradavelmente previsível e incompetente, mas não é o único grande problema do enredo. Neste campo temos também o humor básico que pauta boas partes das sequências do filme. Não é que as piadas e extravagâncias que marcam a jornada de Phil  sejam secas, mas são bastante básicas e instantâneas. E este é o problema geral desta obra. Não é que seja um mau filme, mas é um produto demasiado básico e tudo o que nos oferece não tem aquele sentimento de novidade....

Classificação - 2 Estrelas em 5