Crítica - Last Christmas (2019)


Realizado por Paul Feig
Com Emilia Clarke, Henry Golding, Michelle Yeoh

Emilia Clarke, que se destacou na popular série “A Guerra dos Tronos”, não tem tido tanto sucesso na 7ª Arte como tem tido na Televisão. São poucos os filmes onde Clake conseguiu demonstrar a qualidade que denotou na famosa série baseada na obra de George R. R. Martin, por isso esperava-se que “Last Christmas” pudesse representar um ponto de viragem para a atriz.
Mas embora imponha uma certa doçura que lhe é tão característica à sua personagem, Clarke acaba por não ter aqui a revelação que se poderia esperar, também porque “Last Christmas”, embora tenha bons momentos, não é como se poderia esperar aquela comédia romântica fulminante do calibre de “Love Actually”.





Em “Last Christmas”, Clarke interpreta Kate, uma jovem rebelde que trabalha como elfo numa loja de Natal que está aberta o ano todo e cujo principal passatempo para ser percorrer a apressada cidade Londres, acompanhada de um amontoado de más decisões e o tilintar dos sinos nos seus sapatos. Quanto o misterioso e carinhoso Tom aparece na sua vida, Kate acredita que ele parece ser bom demais para ser verdade, mas Tom consegue ver além das muitas barreiras que existem em Kate. À medida que Londres transforma-se na época mais maravilhosa do ano, nada parece funcionar entre os dois apesar de ambos parecerem prefeitos, até que um deles descobre um grande segredo que vai mudar para sempre a relação de ambos!
Sem querer denunciar muito do filme, “Last Christmas” assenta boa parte da sua magia num twist bem conseguido, mas que se revela extremamente anti climático. A partir do momento em que é revelado, “Last Christmas” parece perder todo o mistério e sentido, terminado assim numa nota bastante negativa e pouco interessante. Embora se descreva como uma comédia romântica, certo é que no final revela-se como um drama de auto descobrimento e otimização individual deixando assim para um irrelevante segundo plano a magia do Natal, mas também a magia do Romance. Estes dois elementos deveriam ser a base e o coração desta obra, mas acabam por se perder numa certa confusa jornada interpessoal que não faz justiça às expectativas criadas.




Sim, “Last Christmas” tem alguma piada e, como já se disse, um forte imprevisibilidade pelo meio que acaba por ser a sua perdição, mas Paul Feig, pelo menos, soube pautar o ritmo desta obra ao som da música de George Michael. Uma homenagem justa ao falecido cantor e a um dos seus maiores êxitos musicais. Os fãs de Michael vão aliás delirar com esta obra, onde 90% da Música é da sua autoria, mas também é verdade que George Michael merecia um tributo com um pouco mais de rasgo emocional!

Classificaão - 2,5 Estrelas em 5

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1 Comentários

  1. Last Christmas: 3*

    É um bom filme com uma mensagem bonita, mas tem demasiados clichés.

    Cumprimentos, Frederico Daniel.

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