Crítica - Brian Banks (2019)

Realizado por Tom Shadyac
Com Aldis Hodge, Greg Kinnear, Sherri Shepherd


Entre os filmes que foram lançados em 2019 cujas tramas são baseadas em histórias reais, “Brian Banks” era um dos que acalentava maior interesse junto da crítica. Isto porque esta obra narra a história real de Brian Banks, um jovem afro-americano com enorme talento desportivo, aliás a dada altura da sua juventude, Banks estava bem lançado para se tornar num jogador profissional de futebol americano com um contrato multimilionário. Mas todo o potencial de fama e fortuna esfumou-se quando Banks foi acusado de um crime sexual por uma colega sua. A acusação afastou o potencial e as promessas da NFL e obrigou Banks a enveredar numa dura luta judicial que, por força de erros policiais e um claro preconceito social e sexual, acabou por perder numa primeira fase! A sua história acabou, no entanto, por ter um final surpreendentemente feliz que cimentou o interesse mediático e dramático nesta real história de injustiça e superação.
Se tinha por detrás uma história tão intensa e interessante, porque é que não vimos “Brian Banks” nos cinemas ou a brilhar na época de prémios? Embora seja um filme interessante, certo é que não faz justiça ao enorme potencial da trama real. O enredo, embora competente em certa medida, acaba por não conseguir mergulhar o espectador no drama e emoção que rodeou toda a emotiva jornada judicial de Banks. É uma versão comercial e mais leve do caso real e, por isso, deixa de lado partes importante e julgamentos de valor que poderiam acrescentar muito mais interesse e intensidade à história real.
Também a ausência de um elenco mais mediático pode ter prejudicado as hipóteses douradas do filme, mas a nível de qualidade é seguro dizer que todos os atores de “Brian Banks” apresentam uma performance sólida. É certo que nenhum se destaca com maior intensidade, nomeadamente Aldis Hodge, que interpreta o protagonista Banks que, nas mãos de um astro mais experiente, poderia ter rendido um pouco mais. Mas, no geral, não é o elenco que se deve imputar falhas, mas sim aos departamentos técnicos e, sobretudo, a um enredo pouco ambicioso.

Classificação - 3,5 Estrelas em 5

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