Crítica - Wild Rose (2019)


Realizado por Tom Harper
Com Jessie Buckley, Julie Walters

Surpresa de 2019, “Wild Rose” é um vibrante filme independente que explora a história (fictícia) de Rose-Lynn Harlan (Jessie Buckley), uma talentosa e carismática aspirante a cantora country que acaba de sair da prisão. Embora tenha um claro talento musical, Harlam  não tem as suas prioridades bem definidas e, perante o que a vida tem para lhe oferecer, acaba por embarcar numa jornada nem sempre positiva e nem sempre negativa rumo ao estrelato. 
Uma das várias mais valias de “Wild Rose” é a sua estrela Jessie Buckley, uma autêntica revelação que ajudou a transformar esta pequena surpresa indie num grande fenómeno de popularidade. Pode-se até perguntar como é que Buckley passou ao lado da época de prémios, assim como o próprio “Wilde Rose”, mas já se sabe que este é mais um caso de política de Hollywood que nem sempre compreendemos. O que conseguimos perceber é o grande talento de Buckley e a qualidade que incutiu à sua energética, dramática e poderosa performance que entrega tudo aquilo a que se propõe. E aqui Buckley contou com a preciosa ajuda de um enredo focado, criativo e dinâmico que nos transporta para vários pontos de emoção, seja através da música, seja por via do drama puro e duro. 
E engane-se se pensa que “Wild Rose” é uma história sobre o estrelato.  Sim, a componente musical existe, mas na sua essência estamos perante um avassalador drama familiar e existencial que coloca inúmeras questões morais importantíssimas sobre a mesa, sendo as principais ligadas à parentalidade e à moralidade que comanda escolhas complexas. Sim, “Wild Rose” é descontraído e divertido a espaços, mas não se deixe enganar porque estamos perante um filme que promove um terramoto de emoções e fá-lo de uma forma impressionantemente boa! 


Classificação – 4 Estrelas em 5

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