Crítica - Orfã: A Origem (2022)


Realizado por William Brent Bell
Com Isabelle Fuhrman, Julia Stiles, Rossif Sutherland


Ainda se lembra de "Orfã"/"The Orphan"? Trata-se de um filme de terror de 2009 realizado por Jaume Collet-Serra e protagonizado por Vera Farmiga, Peter Sarsgaard e Isabelle Fuhrman que, na altura, teve bastante sucesso junto do público, isto apesar de ter sido bastante criticado pelo seu irrealismo. O que é certo é que o tema do filme voltou surpreendentemente à baila nos últimos anos, já que se têm multiplicado as histórias de pessoas que, sem saber, adotaram adultos que se fazem passar por crianças. Talvez por causa disto, William Brent Bell, conhecido por realizar "The Boy", decidiu dar uma justa prequela a "Orfã" que, infelizmente, ficou muito àquem do nível e do sucesso do filme original. 
Em "Órfã: A Origem" voltamos a encontrar-nos com Esther e aqui é nos mostrado um capítulo da sua vida que antecede os eventos do primeiro filme. Após planear uma brilhante fuga de um hospital psiquiátrico na Estónia, Esther viaja até a América passando-se pela filha desaparecida de uma família milionária. No entanto, após uma inesperada reviravolta, a mãe começa a desconfiar da “criança” assassina, e tudo faz para proteger a sua família.
Há vários problemas nesta prequela que, verdade seja dita, não deveria ter visto a luz do dia já que chegou aos cinemas com quase uma década de atraso. O hype do primeiro filme deveria ter sido logo aproveitado e uma prequela desta natureza teria feito sentido há muitos anos atrás, mas não agora, sobretudo quando a atriz que deu vida a Esther no primeiro filme envelheceu e nem as técnicas usadas para a"rejuvenescer" conseguem disfarçar o avançar do tempo. 
Este não é um filme bem feito e não foi sequer bem idealizado. Há vários problemas no argumento, mas o mais grave é que esta prequela cria grandes problemas de coerência face ao primeiro filme. Quem o viu já espera os twists, mas certamente não esperava a falta de coerência de um enredo que acaba por deixar muitas perguntas no ar, algo que não se pode admitir numa prequela. A juntar à incoerência e falhas técnicas tem também que se destacar a ausência de momentos reais de terror. Já se esperava uma ausência plena de suspense por se tratar de uma prequela, mas pedia-se mais no capítulo do terror e da violência que, assim, conseguissem tentar compensar as suas mais que óbvias lacunas. 

Classificação - 1,5 Estrelas em 5

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