Crítica - El Silencio del Pantano (2020)


Realizado por Marc Vigil
Com Pedro Alonso, Nacho Fresneda, Carmina Barrios

Estrela da série "La Casa de Papel", onde interpretou o anti-herói Berlim, Pedro Alonso é, também, a estrela de "El Silencio del Pantano", a mais recente produção espanhola original da Netfix que, infelizmente, pode ser descrito como um thriller bastante aborrecido. Alonso interpreta Q, um ex-jornalista convertido num autor best-seller de romances policiais que é, hoje em dia, um homem de sucesso respeitado pelos seus fãs e pelos seus pares. Mas Q está longe de ser um homem normal, já que na sua mais básica essência é um psicopata que mata a sangue frio e usa tais homicídios como inspiração para os seus livros.
A performance de Alonso revela-se, desde logo, como o principal ponto positivo do filme e mostra que a sua carismática performance em "La Casa de Papel" não foi um acaso e que, efetivamente, é um dos atores metódicos mais interessantes da sua geração. Pena é que não tenha tido aqui um papel à sua altura, muito por culpa de um argumento desconexo e confuso que tarda em fazer sentido e em prender o espectador ao suspense e, acima de tudo, à lógica por detrás da ação. Se o Berlim de "La casa de Papel" permitiu a Alonso brilhar, o Q de "El Silencio del Pantano" é uma confusa manta de retalhos pobremente montada e desenvolvida que impediu que Alonso entregue aquilo que lhe era exigido perante a essência do filme. 
É evidente também que o final tentou surpreender e com isso tentou também salvar a imagem da trama, mas como o resto do filme revela-se inconsequente e incompetente. Este será aliás bastante incompreendido, não por ser deliciosamente complexo, mas por ser tão ilógico e por se perder na própria confusão criada pelo desenrolar da jornada psicopata de Q.

Classificação - 2 Estrelas em 5

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