Crítica - Venom (2018)

Crítica - Venom (2018)

Realizado por Ruben Fleischer
Com Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed

O franchise "Spider-Man"/ "Homem-Aranha" tem vindo a entrar em declínio e, embora as duas últimas entregas protagonizadas por Tom Holland tenham tido algum sucesso, ficaram ainda assim muito aquem das expectativas e da popularidade que os três primeiros filmes protagonizados por Tobey Maguire atingiram. É inegável que a sua inclusão no Universo Marvel deu um impulso aos resultados do filme nas bilheteiras de "Spider-Man: Far from Home" e "Spider-Man: Homecoming" (2017), mas nem estes dois filmes protagonizados por Holland, nem os dois anteriores protagonizados por Andrew Garfield conseguiram, verdadeiramente, convencer os fãs da personagem. Neste sentido, a Marvel e a Sony decidiram mudar de estratégia e optaram por dar um maior tempo de interregno à personagem e apostar em obras sobre os seus inimigos. No fundo seguiram um conceito próximo ao que a DC Comics está a fazer com Batman e, acima de tudo, aquilo que tinham planeado fazer após o último filme protagonizado por Garfield que, recorde-se, foi um desastre comercial. Foi um desastre tão grande que, para além de ter motivado uma nova série de filmes com outros protagonistas, impediu também a aposta imediata no filme "Sinister 6" que, como poderão calcular, seria uma spin-off que ia reunir seis inimigos do Homem-Aranha no mesmo filme. Uma espécie de "Suicide Squad" se preferirem...
E é nesta estratégia que entra "Venom", uma espécie de "Joker" do Universo Homem-Aranha/ Marvel mas, claro está, com bem menos qualidade e poder mediático. "Venom" é o primeiro de várias obras que a Sony/Marvel estão a preparar e que têm como protagonistas os maiores rivais do Homem-Aranha e onde este super-heróis nem aparece. Em 2021 chegará aos cinemas "Morbius" (foi adiado de 2020 para 2021 devido à pandemia Covid-19) e, também, a sequela deste filme intitulada "Venom: Let There Be Carnage" (cujo anuncio e seu previsível teor foram alias confirmadas pela cena pós-créditos do primeiro filme), mas este filme foi um marco que provou que esta fórmula pode resultar no Universo Marvel e que a estratégia tem o seu mérito. 
A liderar o filme está Tom Hardy que, após ter interpretado Bane da DC Comics em "The Dark Knigh Rises", dá em "Venom" vida ao jornalista Eddie Brock e ao mesmo tempo à criatura Venom que se tornou um dos vilões mais temíveis e populares nas histórias de BD do Homem-Aranha. A sua performance é mesmo uma das coisas mais positivas desta spin-off que, surpreendentemente, até se revela bem melhor do que aquilo que se esperaria. Embora não tenha grande profundidade e siga a mesma fórmula básica de ação e adrenalina dos típicos filmes da Marvel, "Venom" acaba por tentar incutir alguma profundidade na forma como lida com a curiosa relação interna entre Brock e Venom. E só por isto já representa uma melhoria em relação, por exemplo, aos últimos filmes "Spider-Man" que se perderam em demasia nos clichés do género e num entretenimento que se cola em excesso às sequências de ação e aos efeitos especiais. E estando agora disponível na Netflix, "Venom" parece destinado a ganhar uma nova vida...

Classificação - 3 Estrelas em 5

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