Aproveitando a fragilidade dos grandes estúdios de Hollywood e, sobretudo, das tradicionais salas de cinema, a Netflix tem sido a grande vencedora da pandemia provocada pelo Covid-19. E até mesmo no que diz respeito às plataformas de streaming, nem Disney+, Hulu, HBO, Amazon ou Apple têm conseguido competir com o sucesso avassalador da Netflix. E a Netflix tem perfeito conhecimento do seu sucesso e tem aproveitado para capitalizá-la, tendo por isso aproveitado a pandemia para reforçar o seu catálogo cinematográfico e, a juntar ao anúncio de novas produções originais com atores de renome como Charlize Theron, Ryan Gosling, Chris Evans, Robert Pattinson e Tom Holland, a Netflix tem também adquirido os direitos de exibição e distribuição de alguns filme com grande potencial. A sua mais recente aquisição é a do drama "Leave the World Behind", a adaptação do livro homónimo (e inédito) de Rumaan Alam. Esta obra é realizada por Sam Esmail e conta com um elenco estrelar liderado por Julia Roberts.
A Netflix venceu assim a concorrência de outros interessados e está disposta em apostar forte neste filme com esperanças que este chegue aos Óscares. A trama segue uma família caucasiana que passa as férias numa casa alugada, até que os donos negros de tal imóvel regressam inesperadamente após um inexplicável blackout na cidade. Quando internet, televisão e rádio param de funcionar, a sanidade mental e emocional de tais grupos vai-se deteriorando e, neste ponto, as questões raciais começam a causar conflitos, distraindo-os do que realmente está a acontecer lá fora. Devido ao Movimento BLM, "Leave the World Behind"está a ser encarado como uma aposta triunfante e uma grande promessa, pelo que esta compra por parte da Netflix ganha uma nova relevância.
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