Crítica - Judy & Punch (2019)

Realizado por Mirrah Foulkes
Com Mia Wasikowska e Damon Herriman


Tivemos o prazer de o ver mesmo antes de chegar ais cinemas portugueses, isto porque antes de "aterrar" em Portugal, "Judy & Punch" teve um percurso glorioso nos festivais de cinema e revelou-se logo no início do ano como uma das boas surpresas de 2020. Publicações como o  IndieWire, o TheWrap, a Variety, o The Hollywood Reporter ou o The Guardian teceram rasgados elogios a esta extravagante produção que resulta de uma adaptação da estreante Mirrah Foulkes do tradicional espetáculo de marionetas "Judy’ e ‘Punch", antigo ‘Pulcinella’ que têm origem na Commedia dell’arte italiana e desde há séculos que percorrem incontáveis palcos
Mia Wasikowska e Damon Herriman interpretam Judy e Punch, os autores de um espetáculo de marionetas em Seaside, uma cidade sem costa que, em pleno século XVII, é dominada pela pobreza e violência. Apesar do sucesso das suas representações teatrais, também a vida do casal vai ser tomada pelo caos e tragédia que os rodeia, numa mistura entre conto de fadas e realidade que revela a natureza inevitável de cada um. 
A direção desta produção australiana ficou, como já se disse, a cargo da estreante Mirrah Foulkes que, perante as grandes bases do conhecido espetáculo original, conseguiu apresentar-nos uma visceral reinterpretação em live-action dessa famosa peça de marionetas do século XVI. O resultado é, como muitos o afirmam, uma obra sombria que puxa pelo humor e pelo terror de uma forma gloriosa e completamente alucinada, sendo que o estilo negro do filme quase que nos remete para a extravagante obra de Tim Burton. É por isso que vale a pena dar uma oportunidade a esta obra australiana que, infelizmente, viu a sua passagem pelos grandes cinemas mundiais ser atrapalhada pela pandemia.


Classificação - 3,5 Estrelas em 5

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