Crítica - Ava (2020)

Crítica - Ava (2020)


Realizado por Tate Taylor

Com Jessica Chastain, John Malkovich 


Após terem colaborado no aclamado drama "The Help", o realizador Tate Taylor e a atriz Jessica Chastain voltaram a reencontra-se neste "Ava" e, como se calculava, não voltaram a ter uma colaboração de sucesso, muito pelo contrário....E não se pode dizer que Chastain não tenha tentado. É sem dúvida uma talentosa força da natureza que consegue brilhar em todos os géneros, incluindo num filme de ação genérico como este, mas nem mesmo o seu talento e o seu carisma nato conseguem disfarçar as várias fragilidades que o filme exibe. Mas acima de tudo o que Chastain não consegue mesmo esconder é a evidente falta de imaginação, novidade e qualidade que a trama evidencia.

O talento está lá e é inegável, afinal de contas Chastain é uma grande atriz, Tate Taylor é um cineasta consagrado e o elenco de "Ava" conta ainda com atores secundários de grande experiência e qualidade, como John Malkovich e Colin Farrell...Mas todo este talento não teve à sua disposição uma base sobre a qual poderia construir algo de novo e diferente. É notório que Chastain tem o perfil para assumir a personagem de uma assassina profissional femme fatale com uma agenda bastante peculiar, mas alguém tão talentoso como esta atriz precisava de um desafio mais além e não de uma personagem com potencial mas que é arruinada por estereótipos e previsibilidade. Também se nota o toque de qualidade de Tate Taylor nas sequências de ação e em alguns planos de qualidade superior, mas nem mesmo a sua visão conseguiu superar as barreiras genéricas impostas por um enredo que precisava de mais risco e, acima de tudo, precisava de apostar numa perspectiva diferente relativamente ao mundo dos assassinos profissionais e da espionagem. 


Classificação - 1,5 Estrelas em 5

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