Crítica - Hamilton (2020)

Crítica - Hamilton (2020)

Realizado por Thomas Kail 

Com Lin-Manuel Miranda, Phillipa Soo, Leslie Odom Jr.


Galardoado com 11 prémios Tony, "Hamilton" é um dos históricos musicais da Broadway. O seu sucesso é tal que a Disney viu nele uma oportunidade de negócio e, seguindo uma abordagem diferente, decidiu expor esta peça na sua plataforma Disney+ através de um filme musical diferente do habitual. 

Ao contrário de outras adaptações de peças da Broadway, "Hamilton" é, literalmente, o espetáculo de teatro transformado num filme. A equipa liderada por Thomas Kail gravou vários espetáculos do musical na Broadway e juntou os melhores momentos de cada num grande filme que faz justiça, claro está, ao espetáculo que retrata a vida de Alexander Hamilton, um dos pais fundadores dos Estados Unidos.

A aposta da Disney compensou e, para além de estar a ser aclamado pela crítica, "Hamilton" é também um grande sucesso comercial, já que é, até à data, o filme mais visto do Disney+. E este dado representa um grande mérito, já que no Disney+ existem filmes de grande relevo mediático, aliás basta recordar que todo o catálogo clássico da Disney está disponível na plataforma. Mas é um dado que não causa surpresa, já que se o musical da Broadway foi  um sucesso, então como é que um filme feito à base de gravações da peça não o seria?

O musical em si é, de facto, um dos melhores do teatro musical norte-americano. É criativo, divertido e até educativo. É evidente que a vida de Alexander Hamilton também daria um grande drama histórico de época, mas este musical cumpre na perfeição na hora de transmitir os principais eventos da sua vida e transmitir os ideias que marcaram a sua forte personalidade.

É claro que um musical nunca poderá ter grande sucesso se não tiver grandes músicas e "Hamilton" tem 49 números músicas de elevada qualidade e exigência. São estas criativas sequências musicais que são bem organizadas e planeadas que, no final de contas, tornam o musical e este filme em projetos tão especiais. É impossível não vibrar. E o melhor elogio que podemos fazer, quer ao musical, quer ao filme, é que nem se nota o passar das as quase três horas de duração que ambos têm.


Classificação - 4 Estrelas em 5

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