Era uma notícia esperada, mas não deixa de ser surpreendente. A Warner Bros. está atenta ao mercado e vê que os seus rivais estão a ter sucesso nas plataformas streaming e que estes serviços já começam a ter grande aceitação no mercado. No Verão, quando decidiu adiar "Wonder Woman", a Warner garantiu que este blockbuster seria lançado ainda este ano, talvez esperando que até Dezembro a pandemia já tivesse abrandado nos Estados Unidos. Mas o que é certo é que tal não ocorreu. A pandemia continua a dizimar os Estados Unidos e, hoje, muitas das salas de cinema permanecem fechadas ou funcionam com fortes limitações.
A Warner sabe, por isso, que em Dezembro de 2020, quando lançar "Wonder Woman 1984" nos cinemas dos Estados Unidos nunca terá o sucesso comercial esperado e, por isso, anunciou que irá lançar o filme em simultâneo na HBO Max, onde espera que o filme seja visto por mais pessoas. A HBO Max também fica a ganhar, já que recebe no seu catálogo um dos blockbusters mais aguardados do ano e poderá assim ter mais armas para rivalizar com a Netflix e a Amazon que começam a distanciar-se desta plataforma no que a aposta no cinema diz respeito. A Warner, a HBO e o público acabam por ganhar com esta aposta, mas há um grande derrotado: as salas de cinemas. Ao contrario da Disney que lançou "Mulan" em exclusivo no Disney+ e prepara-se para lançar outros filmes no mesmo molde, como a animação "Soul", a Warner não deixou as salas de cinema cair mas ao lançar em simultâneo na HBO Max estará na mesma a retirar espectadores e potenciais rendimentos às salas.
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