Crítica - Colors out of Space (2020)

Realizado por Richard Stanley

Com Nicolas Cage, Joely Richardson.


Trata-se de uma adaptação cinematográfica do conto homónimo de H.P. Lovecraft, ícone da literatura mundial responsável por alguns dos maiores marcos da literatura do Século XX. Embora este não seja a sua história mais célebre é, sem dúvida. bastante curiosa. Mas este projeto tem ainda outra particularidade muito interessante para o público português, já que foi gravado, quase na totalidade, em Sintra, Portugal. Já são portanto dois belos motivos para descobrir "Color out of Space", mas há um terceiro. Estamos de facto perante um dos melhores filmes de ficção científica de 2020. 

Esta proposta de Richard Stanley não tinha que responder a um grande orçamento nem ficou presa a uma ideia megalómana, pelo que a abordagem quase intimista que Stanley incutiu ao conto de Lovecraft foi a ideal. Toda a ação relevante desenrola-se numa quinta isolada que é atingida por um estranho meteorito que tem consequências apocalípticas, quer para a família que ali mora, quer para o resto do mundo...

Não estamos perante um conteúdo propriamente inovador, já que o conceito de uma família num local isolado que é atacada por criaturas extraterrestres não é propriamente novo. No entanto são as suas sequências extravagantes de ação, suspense e ficção cientifica de grande nível que o tornam em algo especial. É, sem dúvida, um filme que vale a pena descobrir por esta sua capacidade de inovar um conceito clássico, mas também pela forma como o artilhou com um imaginativo uso da cor e, sobretudo, com uma energia diferenciada que beneficiou também das grandes performances de Nicolas Cage e Joely Richardson.


Classificação - 3,5 Estrelas em 5

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