Crítica - Cry Macho (2021)

Cry Macho, Novo Filme de Clint Eastwood, Chega Aos Cinemas em Setembro

Realizado por Clint Eastwood

Com Clint Eastwood, Eduardo Minett


Quando foi anunciado em 2011, "Cry Macho" tinha Arnold Schwarzenegger associado ao papel de  um criador de cavalos de raça e ex-astro dos rodeios que aceita o trabalho de transportar um jovem do México para o Texas, para assim o afastar da sua mãe. É claro que, durante a viagem, os dois desenvolvem laços inesperados e aprendem muito um com o outro. Schwarzenegger acabou por desistir do projeto e o mesmo foi engavetado durante algum tempo, mas Clint Wastwood reativou-o e, para além de o realizar, assumiu também o protagonismo.

Muito se disse que este drama, que é baseado no romance homónimo escrito por N. Richard Nash em 1975, apresentava certas parecenças com "Gran Torino" que, como se sabe, foi um dos grandes sucessos de Eastwood neste Século. Mas será que "Cry Macho" conseguiria replicar este sucesso? A resposta é negativa...em todas as frentes.

Embora dotado de uma base dramática que poderia dar azo a uma força da natureza, como é o caso de "Gran Torino", "Cry Macho" falha na hora de conseguir conectar a sua história com o espectador. A relação que se estabelece entre os dois protagonistas (quase que numa dinâmica pai/filho) é bastante débil e frouxa. É certo que a mesma é o pilar do filme, mas nunca tem a força necessária para o alavancar para outros vôos. Embora o potencial estivesse lá, este nunca foi devidamente nutrido e o que acaba por sair de uma trama com potencial é uma história mediana e cansativa.

Embora "Cry Macho" prove que Eastwood mantém intactas as suas capacidades como criador e cineasta, sendo já um dos realizadores mais velhos ainda em atividade, talvez este não fosse o projeto ideal para também assumir um dos papéis principais. Não é que Eastwood esteja mal, mas esta obra pedia claramente outro tipo de ator....

Classificação - 2 Estrelas em 5

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