Crítica - Firestarter - O Poder do Fogo (2022)

Crítica - Firestarter - O Poder do Fogo (2022)

Realizado por Keith Thomas

Com Ryan Kiera Armstrong, Zac Efron, Sydney Lemmon


A Blumhouse, produtora conhecida por vários thrillers e filmes de terror de renome, apostou em "Firestarter", remake do filme homónimo de 1984 que lançou a carreira de Drew Barrymore. Tal como a obra de 84, esta nova versão/ remake é a nova adaptação do thriller clássico de Stephen King, sobre uma rapariga com extraordinários poderes de pirocinese que luta para se proteger a si e à sua família das forças sinistras que procuram capturá-la e controlá-la. 
Se não se lembra de ter visto esta obra nos cinemas há uma boa razão para isso. "Firestarter - O Poder do Fogo" devia ter chegado aos cinemas nacionais a 12 de Maio, mas o seu lançamento acabou por ser cancelado devido ao gigantesco fracasso que teve nos Estados Unidos. Com apenas 10% de opiniões positivas no Rotten Tomatoes, "Firestarter" foi um fracasso gigante junto da opinião pública e isto reflectiu-se num péssimo desempenho de bilheteira que levaram muitos mercados estrangeiros, incluindo o nacional, a abortarem o seu lançamento nas salas de cinema. Uma decisão acertada, tendo em conta o seu nível.
Nos últimos tempos, "Firestarter" ressurgiu nas notícias pelas piores razões. Já esquecido por boa parte do público, este remake acabou por ganhar algum mediatismo quando a sua protagonista, a jovem Ryan Kiera Armstrong, conquistou uma nomeação ao Razzie de Pior Atriz. A polémica instaurou-se porque se considerou que era incorreto nomear uma criança para um prémio tão desprestigiante como este e que, tal nomeação, poderia acarretar problemas de confiança para a jovem atriz e poderia até desmotivá-la a continuar a sua carreira. O que é certo é que os Razzies, após tanta pressão mediática, acabaram por remover a nomeação e instaurar a regra que qualquer nomeado aos seus prémios tem de ser maior de idade. 
Em defesa de Ryan Kiera Armstrong, a sua performance não merecia a nomeação a Pior Atriz, até porque a culpa do insucesso da sua personagem é do argumento e dos responsáveis por este remake. Para começar, Armstrong tinha que lidar com o fantasma de Drew Barrymore, cuja grande performance no filme original é, ainda hoje, icónica e ajudou a lançar a sua carreira. Mas para além deste grande handicap, Armstrong teve também que lidar com o peso do remake e com um argumento sem qualidade que tenta recontar aquilo que dificilmente poderia ser recontado de uma forma mais eficaz. 
É inegável, como prova o original, que a premissa desta obra tem enorme potencial e que pode render um bom filme, mas este pobre remake prova precisamente que até uma grande história pode ser estragada sem os ingredientes e performers corretos. 

Classificação - 1 Estrela em 5

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