Crítica - Operação Secreta (2022)

Realizado por John Madden

Com Colin Firth, Kelly Macdonald, Matthew Macfadye


Filme exclusivo da Netflix na América do Norte e Sul, "Operação Secreta" ou "Operation Mincemeat" teve direito a estreia nas salas de cinema europeias, nomeadamente em Portugal. Embora a exibição nas salas de cinema deva sempre ser valorizada e beneficiada, certo é que talvez o público da América do Norte e América Latina tenha saído mais beneficiado com a opção de distribuição exclusiva na Netflix. E digo isto porque, de facto, este é um produto que, na sua génese, funciona melhor no streaming, onde tem claramente uma maior exposição. Não se quer com isto dizer que seja um filme com pouco valor, muito pelo contrário. É precisamente por ser uma comédia dramática histórica bem executada sobre uma curiosa história real da 2ª Guerra Mundial que merecia um maior sucesso e visibilidade. E, infelizmente, na Europa passou um pouco ao lado do grande público, mas nos Estados Unidos até foi um sucesso e um dos filmes mais vistos da Netflix em Abril.

Como já foi referido, este é o retrato cinematográfico de uma operação militar real planeada pelos Aliados durante a 2ª Guerra Mundial. Em 1943, os Aliados estão determinados a quebrar o domínio de Hitler sobre a Europa ocupada e planeiam um ataque massivo à Sicília, mas enfrentam um desafio que parece impossível: proteger uma gigantesca força de invasão de um potencial massacre. Cabe a dois notáveis agentes dos serviços secretos, Ewen Montagu e Charles Cholmondeley, com a ajuda do jovem Ian Fleming (Autor de James Bond), a tarefa de delinear a estratégia de desinformação mais inspirada e improvável da guerra, utilizando o mais inverosímil agente secreto: um cadáver.

Colin Firth, Kelly Macdonald, Matthew Macfadyen, Penelope Wilton, Johnny Flynn e Jason Isaacs integram o elenco desta obra que tem, efetivamente, qualidade e que, de uma forma descontraída, mostra-nos os bastidores de uma operação militar que ajudou a mudar o rumo da 2ª Guerra Mundial. Todo o elenco tem uma performance categórica, nomeadamente Colin Firth que é neste tipo de filmes com um estilo mais descontraído que consegue sobressair e evidenciar toda a sua classe e conforto na arte da representação. É claro que  tal performance não lhe valerá nenhum Óscar, como aliás será difícil imaginar "Operação Secreta" na corrida a qualquer prémio em 2023, no entanto,merece ser apreciada, como aliás todo o produto final.


Classificação - 3,5 Estrelas em 5

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