Crítica - Mole Song Final (2022)

Realizado por Takashi Miike


Takashi Miike é um dos grandes nomes do Cinema Japonês e, também, um dos cineastas referência do FantasPorto. Já vários dos seus filmes passaram pelos ecrãs do festival e alguns até saíram do Porto com prémios. O seu mais recente projeto, "Mole Song Final", fez parte da Seleção de 2022 deste festival e, claro, foi desde início apontado como um dos cabeças de cartaz do mesmo. No papel tinha tudo para ser um sucesso, não fosse talvez um pequeno pormenor que o afastou das opções do grande público...Este é, afinal de contas, o capítulo final de uma trilogia, sendo que os outros dois filmes não passaram por Portugal nem estiveram sequer disponíveis em nenhuma plataforma de streaming....Seria portanto muito difícil para o espectador enquadrar-se com este produto e compreendê-lo na totalidade, já que se trata da parte final de uma trilogia desconhecida para a larga maioria de quem o foi ver ao FantasPorto...

Também o Portal Cinema embateu contra o problema descrito anteriormente. Sem termos visto os dois capítulos anteriores de "Mole Song" tornou-se difícil compreender certos aspetos do último capítulo, já que há eventos referenciados dos quais nada sabemos...Mas pese embora algumas dificuldades inerentes a esta problemática conseguiu-se, em última análise, apreciar e aplaudir a qualidade deste projeto que, parecendo que não, acaba até por se enquadra no estilo de Miike.

É certo que esta obra, como presumo as duas anteriores, são bem mais comerciais e dóceis, pelo menos quando comparada com alguns dos projetos mais polémicos do cineasta. É,no entanto, visível a criatividade de Miike e, claro, a sua apetência para a criação de imponentes sequências de violência e ação. Estas reinam e destacam-se nesta espécie de blockbuster de ação e comédia que nos mostra um lado mais leve de Miike....mas não menos violento.


Classificação - 3 Estrelas em 5

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