Realizado por Randall Okita
Com Skyler Davenport, Natalie Brown, Matthew Gouveia
Sophie, uma jovem cega, é contratada para tomar conta de uma mansão enquanto os donos estão fora, mas num piscar de olhos este trabalho tranquilo transforma-se num pesadelo, quando três ladrões invadem a casa à procura de um esconderijo. A sua única defesa é uma aplicação chamada “Vê Por Mim”, que se conecta a um voluntário do outro lado do país que a ajuda a sobreviver ao ver por si. Com a ajuda de Kelly, uma veterana do exército, que passa o dia a jogar jogos de guerra, Sophie tenta sobreviver na escuridão. Sophie vai precisar de toda a ajuda possível – mas no final o que parecia ser uma adolescente cega indefesa, poderá revelar-se muito mais do que isso.
Esta é a premissa do filme de terror independente "Vê Por Mim"/ "See for Me" que, como se percebe, parte até de uma premissa intrigante que tem como base uma ideia que, curiosamente, é praticamente oposta ao conceito do igualmente intrigante franchise "Nem Respires"/ "Don't Breathe", composto por duas entregas que tiveram muito sucesso num passado recente. Recentemente, "Sightless" da Netflix também já tinha apostado numa premissa similar, onde uma jovem cega é colocada no epicentro de uma misteriosa intriga que a leva a questionar tudo o que a rodeia. A premissa de "See for me" é bem menos cerebral, já que coloca a protagonista invisual no epicentro de uma trama mais direcionada para a ação e para o confronto, já que coloca a personagem central numa situação mais concreta e física desde o início.
Embora a ideia seja boa, como também é a integração de um aliado inesperado para a protagonista, "See for Me" acaba por não trazer nada de extremamente original e, sobretudo, inesperado. Já sabemos como é que a história acabará e isso retira muito do suspense e do impacto. E, assim, com pouco suspense e quase nenhum terror, "See For Me" acaba por não ter nenhum elemento que consiga catapultar uma premissa intrigante para um nível superior e, assim, o filme falha na hora de prender e surpreender o espectador. É certo que é intrigante a forma como Okita desenvolve o drama da situação atípica que afeta Sophie, mas este ângulo é demasiado curto e perde a "piada" após alguns minutos.
Classificação - 1,5 Estrelas em 5
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