Crítica - Girl in the Picture (2022)


Realizado por Skye Borgman


Por vezes a realidade é mais estranha do que a ficção. É uma velha máxima, mas é comprovada quando aplicada ao caso da bizarra história criminal real que é retratada no documentário "A Rapariga da Fotografia"/ "Girl in the Picture", obra recentemente lançada na Netflix e que está a causar grande alvoroço junto dos assinantes da plataforma um pouco por todo o mundo. 

A bizarra história começa quando, em 1990, uma mulher é encontrada às portas da morte na berma da estrada. A mulher acaba por morrer e descobre-se que deixa para trás um filho e um homem que diz ser seu marido....Parece uma simples história trágica, mas entre voltas e reviravoltas descobre-se que esta morte (que parece tudo menos acidental) abriu a porta para uma sequência de eventos que, ao longo dos anos anos subsequentes, envolverá homicídios, raptos, perseguições, explosões e pedofilia. 

Para preservar o impacto do filme não será aqui explorada a complexidade dos crimes nem a narrativa real que rodeia a vida e morte da "rapariga da fotografia", mas acredite que é uma história impactante, inesperada e explosiva que merece descobrir. Skye Borgman promoveu aqui um trabalho documental brilhante, tendo conseguido dissecar ao pormenor uma história complexa que parece tão incrível que poderia muito bem ter sido inventada e servido de enredo para um blockbuster de Hollywood. Mas o que é certo é que estamos mesmo perante uma impressionante história real que, surpreendentemente, foi sendo parcialmente esquecida pelo mundo mas que agora deverá ganhar o seu legítimo lugar ao sol como uma das histórias criminais mais bizarras do globo.


Classificação - 4 Estrelas em 5

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