Crítica - O Colégio Católico (2022)

Realizado por Stefano Mordini


Inspirado num famoso caso criminal italiano que ajudou a mudar a lei referente à agressão sexual, "O Colégio Católico" é um thriller dramático cuja história se passa em 1975 e narra o quotidiano de um renomeado instituto religioso masculino em Roma. É nesta instituição que os estudantes, na sua maioria filhos da burguesia romana, recebem uma educação de excelência que os visa preparar para um amanhã brilhante. Esta ideologia de brilhantismo é posta à prova quando três alunos cometem um crime que choca os colegas e a comunidade. 

Baseado no romance "La scuola Cattolica", de Adoardo Albinati, esta obra de Stefano Mordini tinha, à partida, muito potencial devido à trágica história real que lhe serve de mote, mas infelizmente apenas os seus minutos finais fazem jus à expectativa criada. Até então, "O Colégio Católico"  revela-se um drama lento repleto de histórias paralelas mal explicadas e sem grande conexão que distraem do grande foco proposto pela própria sinopse. Quando o grande momento do grande climax chega, já pouco há a salvar ou a relevar. 

É perceptível que, numa primeira fase, "O Colégio Católico" tenta tecer uma crítica à comunidade e à escola para justificar e contextualizar o ato dos três jovens, mas fá-lo de uma forma tão básica que perdemos qualquer interesse nas supostas teorias filosóficas e sociais que pretende transmitir. O que ressalva no final é o relato do crime que chocou a Itália dos Anos 70, mas este é alvo de tão pouco tempo de ecrã que a sua abordagem acaba por ser redundante. 


Classificação - 2 Estrelas em 5

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