Crítica - Armageddon Time (2022)

Realizado por James Gray
Com  Anne Hathaway, Jeremy Strong, Anthony Hopkins

Apontado aos Óscares,  "Armageddon Time", novo filme de James Gray, o realizador de "Ad Astra", estreou nos Estados Unidos sem grande pompa ou circunstância e acabou por não ter o impacto mediático que se esperava. Tal como Kenneth Branagh com "Belfast" ou Steven Spielberg com "Os Fabelman", também James Gray se inspirou na sua infância para criar uma obra dramática que nos transporta para uma determinada época em convulsão. Em "Armageddon Time" viajamos até à Nova York dos anos 1980, mais precisamente até à época que precedeu a chegada de Ronald Reagan à presidência dos Estados Unidos. Uma época de alguma instabilidade, onde conhecemos uma típica família americana que vive em Queens e que tem de passar por um processo profundamente pessoal. 

Traçando uma trajetória intensa de amadurecimento, "Armageddon Time" aborda a força da família e a busca que atravessa gerações pelo chamado sonho americano. Mas Gray acabou por não ser tão bem sucedido neste seu intimo retrato como os seus colegas Branagh ou Spielberg. O resultado final,embora competente no global, apresenta várias falhas. As ideias eram boas e os temas acutilantes, mas no final fica a ideia que as várias peças que compõem o puzzle narrativo acabaram por não se encaixar, dando assim azo a um produto que nunca atinge o seu clímax e que falha em prender o público do início ao fim de forma coerente. 

Uma outra fonte de desilusão foi o seu elenco. Anne Hathaway, Jeremy Strong e Jessica Chastain são algumas das caras mais conhecidas desta obra, mas nenhum convence plenamente ao contrário de Anthony Hopkins, um grande senhor da representação que, pese embora a sua participação mais secundária,consegue levar o filme às costas e entregar mais uma grande performance.


Classificação - 3 Estrelas em 5

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