Crítica - Piggy (2022)

Realizado por Carlota Parede

Com Laura Galán, Carmen Machi


Chama-se "Piggy" ou "Cerdita" e foi classificado por alturas da sua estreia no Paramount+ nos Estados Unidos como o Filme de Terror do Halloween de 2022...Uma distinção forte sobretudo para a imprensa norte-americana em relação a um filme que nem é norte-americano. Já estreado nos Estados Unidos no Paramount+, "Piggy" não tem previsão de estreia em Portugal, mas é pena porque é de facto um filme competente que não é propriamente criativo ou único, mas que dentro de uma premissa previsível consegue promover um bom entretenimento
Nunca é um dado fiável para avaliar a qualidade de um filme, mas ao conquistar uns impressionantes 92% de aprovação no Rotten Tomatoes, "Piggy" revela que não é um filme qualquer. Mas que projeto é este? Trata-se de um filme espanhol que, curiosamente, está a ter mais sucessos nos Estados Unidos que em Espanha, onde já estreou nas salas de cinema no início de Outubro. Realizado por Carlota Parede, "Piggy" explora a história de Sara, uma jovem de uma zona rural em Espanha que é constantemente ridicularizada por um grupo de miúdas populares por causa do seu peso. Mas quando um serial killer as sequestra, Sara terá que decidir se as salva ou se faz um pacto silencioso com o psicopata para se livrar delas
Em destaque no Festival de San Sebastian, como aliás onde  boa parte dos grandes filmes espanhóis têm o seu primeiro grande palco, "Piggy" beneficia de uma bela performance de Laura Galán que transforma a sua Sara numa personagem deliciosamente complicada. Vítima de um bullying agressivo devido ao seu peso e à classe social da sua família, Sara é uma jovem bastante doce que, após uma sequência de bullying extremamente agressiva que custa a ver, conquista a nossa simpática já que se torna difícil não sentir pena e compaixão pela personagem. E muito desta compaixão se deve à performance emotiva e visceral de Laura. A partir deste momento ficamos a torcer pela jovem Sara e é absolutamente maravilhoso acompanhar as suas várias dictomias morais e os seus duelos internos. No final são Laura e a sua Sara que transformam "Piggy" num filme diferenciador e surpreendentemente emotivo.

Classificação - 3,5 Estrelas em 5

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