Crítica - Reptile (2023)


Realizado por Grant Singer

Com Benicio Del Toro, Justin Timberlake, Eric Bogosian


Mais conhecido pelos seus trabalhos de realização de videoclips e documentários no mundo da música, Grant Singer estreia-se na Netflix em colaboração com Benicio Del Toro neste enigmático thriller criminal que nos transporta para o epicentro de uma investigação de um homicídio brutal de uma jovem agente imobiliária que, a dada altura, leva um inspetor calejado a depara-se com um verdadeiro vespeiro de enganos.

Há boas ideias e um bom envolvimento neste projeto idealizado por Singer e Del Toro, existindo também um ótimo elenco que realmente dá mais ao argumento do que o argumentos lhes dá. Uma vez mais, Del Toro brinda-nos com uma performance penetrante que arrasa e que, até a meio do filme, tem a correspondência de um enredo que parecia ter todo o potencial para render uma história criminal de nível. Mas a dada altura parece que alguém se apercebeu que o filme já estava longo e que havia a necessidade de terminar a história e aqui começa o grande problema. A dada altura, "Reptile" abandona o seu desenvolvimento lento mas estruturado e descamba numa reta final apressada que não foi de todo atada da forma mais organizada possível. Pode-se dizer que se apresenta uma queima lenta, mas que no final não produz grande chama e deixa demasiadas pontas soltas em aberto. 

É pena porque o primeiro arco demonstra que havia grande potencial nesta obra que até poderia ter ido mais longe....Mas no final, "Reptile" desilude e mostra que uma má gestão de tempo e expectativas pode conduzir a um inesperado fracasso. 


Crítica - 2,5 Estrelas em 5

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