Pérolas Indie - Oculus (2014)

Realizado por Mike Flanagan
Com Karen Gillan, Brenton Thwaites, Katee Sackhoff
Género - Terror

Sinopse - Tim e Kaylie são dois irmãos que ficaram traumatizados pela morte inexplicada dos seus pais. Quando sai de um hospital psiquiátrico após anos internado, Tim encontra-se com a sua irmã Kaylie, que tem a certeza de que a causa da tragédia familiar é um grande espelho que a família comprou antes da tragédia. Cercados por fenómenos paranormais, os dois tentam provar que o objeto é o verdadeiro responsável pela sangrenta história de centenas de pessoas.

Crítica - Embora "Oculus" esteja muito longe de ser um grande fenómeno dentro do género de filmes de terror, não há dúvidas que se destaca como uma das agradáveis surpresas da temporada dentro desta difícil categoria cinematográfica. A sua intriga pouco tem de gore, por isso é fácil vender "Oculus" a todos aqueles que não apreciem filmes muito sangrentos, já que a grande força deste projeto reside no suspense fantasmagórico que acompanha permanentemente a sua trama. Tal como se pode calcular pela sua premissa, "Oculus" é um filme de terror ligado ao género sobrenatural, por isso joga mais com a surpresa e com o medo do que propriamente com o choque ou a violência exagerada, mas ainda assim é possível encontrar algum tipo de violência física neste projeto, no entanto, a sua marca restringe-se apenas a algumas sequências que envolvem, maioritariamente, pequenas auto mutilações.
A construção da sua trama é bem razoável e merece uma certa atenção. O seu desenvolvimento é feito de uma forma curiosa, já que toda a história é nos contada por intermédio de constantes alternâncias entre o passado e o presente dos protagonistas, algo que ajuda a contextualizar a plenitude da tragédia que os rodeia. Pelo meio das sequências que mostram o passado e o presente dos protagonistas, as duas personagens principais mergulham também em várias sequências hipnóticas que ajudam a conferir um empolgante elemento de surpresa e imprevisibilidade ao filme, já que graças à envolvência do filme, o espectador nunca tem a certeza completa do que é real ou uma ilusão. Este ponto funciona muito bem e ajuda a materializar as principais sequências assustadoras desta produção independente que, apesar de ter um enredo competente não apresenta uma história complexa que consiga puxar do inicio ao fim pelo espectador. É pertinente referir ainda que "Oculus" conta também com uma componente técnica bem razoável e performances razoáveis por parte do seu pequeno mas amplamente esforçado elenco. É claro que "Oculus" não se aproxima do nível de um grande filme de terror, mas atendando aos seus objetivos, raízes e possibilidades, esta longa de Mike Flanagan acaba por ser um bom produto de entretenimento dentro deste género.

Classificação - 3 Estrelas em 5

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1 Comentários

  1. "Oculus: O Espelho do Demónio" prima pelo seu terror psicológico e pelo seu suspense, contudo não deixa de ser apenas um bom filme.
    Lê a análise completa em: http://osfilmesdefredericodaniel.blogspot.pt/2015/03/oculus-o-espelho-do-demonio.html
    3*

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