Crítica - Butterfly Effect (2004)

Realizado por Eric Bress
Com Ashton Kutcher, Amy Smart, Melora Walters, Elden Henson

O thriller "Butterfly Effect” é, sem dúvida alguma, uma boa experiência cinematográfica. O filme conseguiu surpreender muitos espectadores com a sua narrativa original que aborda vários temas tabús, como a pedofilia ou a violência contra animais. O foco do seu argumento são as viagens temporais, uma temática bastante interessante que raramente é abordada com tanta criatividade pela indústria cinematográfica. A sua história é protagonizada por Evan (Ashton Kutcher), um rapaz que sofre de um raro caso de perda de memória recente e que ocasionalmente é atingido por algumas brancas que lhe causam alguns constrangimentos. Para evitar os danos causados por esses ataques, ele passa a escrever um diário. Alguns anos mais tarde, ele descobre que esse diário pode ser uma porta para o passado, funcionando como uma máquina do tempo, assim sendo, passará a servir-se desse recurso para tentar reparar alguns eventos da sua vida a partir de três momentos cruciais da sua infância: a explosão de uma bomba, uma luta que teve com um ex-amigo e que provocou a morte do seu cão e o facto de ter sido abusado pelo pai da namorada de infância. O que vai descobrir é que, ao tentar mudar o seu passado, tudo no seu futuro será afectado.



A sua intrigante história é baseada num dos muitos paradoxos temporais que se desenvolveu durante o século XX: Quais seriam as consequências na nossa vida individual e colectiva se a viagem no tempo fosse possível? As duas principais teorias podem ser resumidas na seguinte dicotomia: 1 - A história não pode ser modificada, ou seja, independentemente das acções individuais, a história possui um determinismo que faz com que ela, de um modo ou de outro, repita sempre os mesmos eventos. 2 - A história pode ser modificada, ou seja, actos individuais podem modificar o rumo dos acontecimentos e resultar em eventos completamente diversos..O seu enredo é inteligente e está muito bem estruturado, no entanto, a sua maior qualidade reside no facto de nos obrigar a reflectir sobre a vida e sobre o tempo. Talvez mais do que pensar em como seriam as nossas vidas caso nos tivéssemos comportado de maneira diferente, "Butterfly Effect" faz-nos pensar se a liberdade de decidir os rumos da nossa vida é ou não arbitrária e casual. O seu elenco é comandado por Ashton Kutcher, um actor verdadeiramente medíocre que nos oferece mais uma performance leviana e sem qualquer carisma. Amy Smart sai-se relativamente melhor ao viver diversas versões da triste Kayleigh, enquanto que os talentosos Eric Stoltz e Melora Walters pouco fazem no filme."Butterfly Effect" é uma obra surpreendentemente interessante que parte de uma premissa meio bizarra para atingir resultados bem satisfatórios.


Classificação - 3,5 Estrelas Em 5

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6 Comentários

  1. o filme é muito bom, é preciso é ve-lo desde o principio, porque com akeles feedbacks todos quem apanhar o filme a meio pode nao o perceber. claro que se se ficar a gostar pode logo a seguir ver o 2, e espererar anciosamente o 3 (que deve tar em fase de produção)

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  2. Ao ler estas criticas às vezes influencia um bocado à opinião que se ia formar. Confesso que apesar de o filme já ter 6 anos ainda não o tinha visto até hoje. Também confesso que nem fazia ideia Ashton Kutcher tinha participação neste filme porque realmente não é o seu género. Mas não creio que tenha-se saído mal. Tinha ouvido falar deste filme há muito mas faltou tê-lo nas mãos para ver. É um filme muito interessante e inovador, com boas narrativas, diversos temas chaves e a construção da história também foi feita de forma gradual com o mesmo nível de qualidade. Avaliando somente este 1º filme (o 2º vi há muito tempo) acho que vale a pena ver porque o drama da história prende o espectador. Não teve um final perfeito como alguns podiam esperar mas é o final certo porque ninguém tem vidas perfeitas. Fiquei bastante agradado. Concordo com a nota. Acima da média.

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  3. Realmente é um filme espantoso, algo inacreditavelmente credível, por mais estranho que isso possa parecer.. Adorei mesmo.. só é pena que o segundo nao seja um enredo do primeiro mas sim a mesma realidade numa situação diferente.

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  5. Se pensarmos bem, a história nunca acaba, porque o pai não sabe que o filho vai ter o mesmo problema que ele, ou seja, o casal vai sempre tentar engravidar, e a história vai criar um circulo vicioso, que apenas acabará quando o casal desistir de tentar ter o filho, ou então quando o ator principal não conseguir por algum motivo recuar mais ao momento do parto. Isto pois supostamente os 2 fetos anteriores nao nasceram pelo mesmo motivo que este 3º nao naceu.

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  6. Se pensarmos bem, a história nunca acaba, porque o pai não sabe que o filho vai ter o mesmo problema que ele, ou seja, o casal vai sempre tentar engravidar, e a história vai criar um circulo vicioso, que apenas acabará quando o casal desistir de tentar ter o filho, ou então quando o ator principal não conseguir por algum motivo recuar mais ao momento do parto. Isto pois supostamente os 2 fetos anteriores nao nasceram pelo mesmo motivo que este 3º nao naceu.

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