Crítica - The Mist (2007)

Realizado por Frank Darabont
Com Thomas Jane, Alexa Davalos, Marcia Gay Harden, Nathan Gamble

Este sombrio “The Mist” é a adaptação ao grande ecrã da hómonima obra literária de Stephen King, pelas mãos do realizador/guionista Frank Darabont. É caracterizado pelos seus criadores como sendo uma obra de terror/ ficção cientifica, mas convence mais como um thriller de ficção cientifica que contém alguns elementos característicos dos filmes de terror. É um filme competente mas que fica muito longe da qualidade de outros produtos, que também têm na sua origem obras de Stephen King. A sua história passa-se numa pequena cidade no Estado do Maine, nos Estados Unidos da América, onde os habitantes são surpreendidos por uma violenta tempestade que, após terminar, deixa ficar para trás uma densa neblina. David Drayton (Thomas Jane) e o seu filho, Billy (Nathan Gamble), estão entre o largo grupo de habitantes que se abrigaram da tempestade numa mercearia local e que foram praticamente alienados do resto da cidade pela neblina. David é o primeiro a perceber que há coisas escondidas na neblina, coisas horríveis e mortíferas que certamente não são deste mundo e que atacam qualquer pessoa que se aventura no exterior. À medida que David e os outros elementos do grupo pensam numa forma de escapar de uma morte certa, começam a aparecer brigas e querelas no seio do grupo. David sabe que a única maneira de sobreviverem é se todos trabalharem em equipa, mas será isso verdadeiramente possível atendendo à natureza da raça humana?
Como é facilmente perceptível pela sinopse do filme, este joga bastante com o factor psicológico das personagens, demonstrando como é que a raça humana reage em situações de crise especialmente quando não sabe ou não conhece as razões que levaram a essa situação. Darabont conseguiu criar uma obra bastante competente na criação de suspense e na análise do comportamento humano sobre grande pressão, demonstrando muito bem que, por vezes, o ser humano é o seu pior inimigo em situações de crise. A longa duração do filme prejudica um pouco o desenlace da história, que se torna por vezes demasiado parada e sem emoção. Os diálogos são muito importantes, ajudando a explicar a história do filme e a estabelecer um ponto de situação em relação as personagens, contudo existem várias conversas que são exageradamente longas e pouco produtivas e que nada acrescentam ao desenrolar da história servindo apenas para “matar” o suspense da cena. O melhor do filme acaba mesmo por ser o seu surpreendente final, que acaba por compensar todos os momentos perdidos em diálogos inúteis. Para ser sincero, à muito tempo que não assistia a um final tão interessante e demolidor em filmes do género.


A ficção está bem presente ou não fosse esta uma história original de Stephen King, mas o mesmo já não se pode dizer do terror. É lógico que o medo é um factor sempre presente ao longo do filme, mas tendo em conta o desenrolar da história e a especificidade da mesma, penso que seja mais acertado caracterizar o filme como thriller, porque o suspense e a curiosidade são mais notórios e importantes e no fundo são estas duas características que acabam por induzir a sensação de medo e incerteza ao público. O filme conta com alguns efeitos especiais bem utilizados por parte de Darabont, que como realizador e guionista secundário esteve bem, apresentando um filme complexo e intrigante que é capaz de surpreender com o seu final, mas que no entanto deixa um pouco a desejar no desenvolvimento da história que não se mostra tão interessante e intensa como a do livro de King. É claro que “The Mist” não é o seu melhor trabalho como realizador, estando a léguas dos aclamados “The Shawshank Redemption” e “The Majestic”, mas é ainda assim um bom trabalho. O elenco apresenta-se competente e sem nenhum particular destaque pela positiva. A banda sonora é outro aspecto técnico que cumpre o seu papel, inserindo-se muito bem no contexto da obra. No fundo, estamos perante uma obra interessante que peca em alguns aspectos, mas que é capaz de oferecer um entretenimento de qualidade para aqueles que procuram um filme mais complexo e intrigante. Se gostam de Stephen King e de thrillers à moda antiga, então não vão querer perder este “The Mist”.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

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8 Comentários

  1. Foi o pior filme que já vi até hoje. de 0 a 5, dava-lhe um -0. é horrível. para verem a dimensão da minha desilusão, cheguei a pedir o dinheiro do bilhete. não mo queriam dar mas quando falei em livro de reclamações, devolveram-mo. para começar a crítica, tenho a dizer que o filme é estupido do principio ao fim. o rapaz que é arrastado logo no inicio pelos tentáculos (que não voltam a aparecer), os que tentam fugir do supermercado e que são enchidos de aranhas, o portal que dimensional que os tropas abriram para outra galáxia, os insectos, os "monstros enormes" que aparecem no final quando os protagonistas tentam safar-se, os soldados que, mesmo no final aparecem por trás do protagonista quando deviam aparecer pela frente, o nevoeiro desaparece muito rapidamente no final, situações que agora já nem me lembro, são tudo aspectos que enchem o filme de «porcaria». acho que mesmo assim, REC foi ainda melhor que este. tenho pena da lusomundo por ter decidido por em cartaz este filme. o pior é que não é o primeiro nem o segundo que não gosto: já foram dezenas deles, e olhem que sou um apaixonado pela sétima arte. bem, para todos os efeitos vou passar a estar mais antento a Castelo Lopes, quem sabe se não passa destas porcarias.

    PS.: não vale mesmo a pena assistir

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  2. apoio a critica do anónimo. o filme é uma bosta autentica

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  3. OMG!
    Estes comentadores ao assinarem como ANONIMO dizem tudo!
    Na verdade, frank darabont n parece o mesmo que realizou the green mile e the shawshank redemption. No entanto, este filme aborda temas interessantes, para além, dakeles "monstros" e tudo mais que fazer perder credibilidade ao filme, The mist tenta mostrar como o medo, o pânico e o desespero podem mudar tudo. Por exemplo, no inicio daquela calimidade, encontram-se varias pessoas fechadas no supermercado. Uma delas é um judia obsecada com a religião, primeiro ngm acredita nela e apenas lhe respondem com silêncio, depois, quando o irreal acontece e o medo torna-se o sentimento mais presente naquelas almas, parece que toda a gente mudou e passou a acreditar naquela obsecada. Com este pequeno episodioa verificamos que quando alguma coisa muda e as respostas nao nos chegam ficamos muito suscetiveis a aceitar a loucura como guia.
    Contundo, o filme tem varios "falhanços" desde logo a fotografia e a banda sonora. A, por vezes, excessiva demonstração de sentimentos, nomeadamente na parte final do filme.
    Bem... eu ca avalio este filme entre 3,5 a 4

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  4. Sinceramente, esse filme é baseado em uma obra de Stephen King. Realmente pra quem adora filmes medíocres e previsíveis vão odiar esse filme. Sem outras palavras o filme é foda e realmente não foi feito pra agradar a massa!

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  5. Que tipo de idiota pede o dinheiro de volta no cinema depois VER o filme? Será que não existem formas de saber como o filme é antes de ir ver em Portugal? uhauahauhu ridículo!

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  6. Porra, gostei muito muito do filme ... demorei para assisti mas quando assisti o filme ficou muito acima das minhas expectativas .... Mas vale lembrar que é um filme de suspense com ficção e se vc não gosta desse gênero não vai gostar mesmo do filme. OOOO filme não é um enlatado e seu publico é especifico ao seu gênero ... Nota:8 em 10 ... AGORA... tem muito cara burro (TROLL) que vai assistir um filme sem ler uma sinopse ou ver um trailer, ai depois vem aqui falar mau do filme pq o filme não o agradou, como se o gosto dele fosse universal e servisse para todas pessoas e gêneros de filmes.
    O FILME CUMPRE O PROMETIDO ... VEJA O TRAILER ANTES E LEIA A SINOPSE

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  7. É um dos melhores filmes que já vi, um filme que não parece mais ten um fundo inteligente, prioriza os problemas sociais, que quando o estado fica sem lei, a salvageria governa, além dos incríveis efeitos de suspende dentro do nevoeiro, a cor a trilha sonora então! O final é brilhante, o qual os diretores tiveram muita coragem ao coloca-lo bo roteiro

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  8. Um dos atores que eu gosto de ver filmes diferentes é Morgan Freeman e este não é o excepecion. Seu caráter é certamente um exemplo de sucesso no cinema, desde que nos surpreendeu com seu desempenho e este é um exemplo.

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